Mora agora em mim uma virtude sábia
Prima das putas
Irmã dos comunistas
Companheira constante das beatas
De que massa é feita tal ciência
Eu me pergunto
Só sei que veio de noite, um dia
Em que por entre os claros olhos
Do Tempo
Um menininho atento
Muito atento mesmo
Espiava
Prima das putas
Irmã dos comunistas
Companheira constante das beatas
De que massa é feita tal ciência
Eu me pergunto
Só sei que veio de noite, um dia
Em que por entre os claros olhos
Do Tempo
Um menininho atento
Muito atento mesmo
Espiava
in Os originais; Pimentel, Cid – Hucitec – São Paulo, 1986
2 comentários:
Caro Roberto,
Bolas, olhos de gude e, lembrei-me disto:
eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora
quem está por fora
não segura
um olhar que demora
de dentro de meu centro
este poema me olha
–•–
se muito me engano, de Carlos Leminski.
abaraço
Talvez a Cegonha, aquela, saiba. Sabidas dos segredos, porém, fogem todas e, depois que despacham, a gente nunca mais vê.
Safadas.
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