(Perilla ocymoides)
Originário de regiões próximas ao Himalaia, na Asia, o chissô foi introduzido no Brasil pelos japoneses e ficou limitado a esses imigrantes até há pouco tempo, quando passou a ser comercializado pelo Ceasa paulista. É uma erva aromática que cresce até 80 centímetros de altura, da família das labiadas, a mesma da hortelã (com a qual se parece), manjericão e alfavaca, entre outras.
Usos — Existem duas variedades disponíveis: a de folhas roxas ou vermelhas (aka-dyssô), utilizada como corante em conservas; e a de folhas verdes (ao-dyssô), utilizada como condimento no dia-a-dia. É um tempero muito apreciado na culinária japonesa, presente em pratos típicos como o sashimi (peixe cru), sushi (bolinhos de arroz branco) e tempurá (legumes e peixes empanados e fritos).
Clima — Desenvolve-se melhor nas faixas de temperatura entre 18º e 25º C. As variedades existentes no país não resistem às geadas e precisam de dias longos. Respeitadas essas condições, o agrônomo Massar Katayama, da Cooperativa Agrícola de Cotia, SP, acredita que possa ser cultivado em qualquer Estado brasileiro.
Solo — Não é exigente, desde que o terreno seja bem drenado.
Sementes — O chissõ possui sementes minúsculas, disponíveis junto a produtores de origem japonesa ou na sede da Cooperativa Agrícola de Cotia (avenida Jaguaré, 1487, CEP 05346, São Paulo, SP, tel. 011 268-1522).
Plantio — Planta-se de agosto a novembro. Comercialmente, semeia-se em sementeiras e transplanta-se para o local definitivo depois de 20 ou 30 dias. Numa horta doméstica, você pode fazer o plantio definitivo em covas bem rasas, separadas meio metro umas das outras. Semeie uma pitada de sementes e cubra com uma fina camada de terra. Quando as plantas tiverem cinco ou seis folhas definitivas, elimine as mais fracas e deixe as duas melhores mudas por cova.
Cuidados — Resiste à seca, mas precisa de água, principalmente na época da semeadura e do transplante. Além disso, é só ir retirando o mato que crescer à sua volta.
Pragas e doenças — O chissô pode ser atacado pela lagarta-rosca, pulgões e pela lagarta das folhas. Não costuma adoecer, mas pode pegar a ferrugem branca.
Colheita — Para consumo doméstico, as folhas são colhidas à medida da necessidade, a partir de 50 dias depois da semeadura. Escolha as mais enrugadas: elas têm melhor sabor. Em escala comercial, retira-se o pé com raiz e tudo, entre 70 e 90 dias depois do transplante.
in Horta é Saúde; edição especial de Guia Rural – Editora Abril – São Paulo, 1977
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Onde conseguir mudas ou semented
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