A suástica, assim como a cruz (a qual contém), é um dos símbolos mais antigos da civilização. A suástica é o símbolo da criação e da evolução e também chamada pelos maçons de Cruz de ]aina. É também o Martelo de Thor, uma espécie de arma mágica forjada pelos anões contra os gigantes. Suas linhas que se cruzam significam o espírito e a matéria, sendo o círculo ao redor a representação do universo. A morte dos gigantes, quando Davi mata Golias, é descrita por Victor Hugo como anões cheios de espíritos que vencem gigantes horríveis e estúpidos.
Este "cheio de espírito", no entendimento de Hitler, era a própria Alemanha, um país pequeno que derrotaria os maioores países do mundo. Era fácil basear o racismo na tradição quando ocorreu o dilúvio que destruiu Atlântida há 12 mil anos, restaram as raças arianas, semitas, turâneas e a chamada "vermelha", que seriam os ruivos druidas. Com os turâneos a rivalidade já era muito antiga, como pudemos verificar na história de Zaratustra na Pérsia. Restava, para assegurar o domínio do mundo, que pertencia aos arianos, por antiguidade, apenas destruir os semitas. A loucura de Hitler pelo Santo Graal era poder utilizar um símbolo sagrado como tinham os judeus. Os judeus tinham a cruz onde eles mataram o próprio Cristo, os turâneos (ciganos) eram nômades e não muito numerosos. Os arianos eram descendentes dos persas e, conseqüentemente, de Zaratustra, de Mani e de toda a doutrina que dominou a Europa na Idade Média. A suástica era símbolo atlante e, portanto, pertencia aos arianos, que a invocaram para destruir as outras raças.
Hoje, nesta vertente de neonazismo, o papel que a Igreja teve na Santa Inquisição contra os cátaros foi representado na Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos, Rússia e Inglaterra, que, segundo o apocalipse, foi a fera que subiu do abismo para fazer guerra contra os profetas de Deus, que serão vencidos e mortos pelos habitantes do mundo, que se alegrarão e farão festas e mandarão presentes uns aos outros, isto é, dividirão a Alemanha vencida entre si. Hitler invocava para si a herança cátara, nos quais os perfeitos, no dia 16 de março de 1244, previram que tornaria depois de setecentos anos e ele, Hitler, em 1944, estava preparado com a sua Alemanha para dar continuidade ao que lhe pertencia por direito de raça descendente dos atlantes. Hitler comenta com os assessores mais íntimos que os ciganos, negros e judeus não são homens no verdadeiro sentido da palavra. Eles invejam e imitam o homem, mas não pertencem à espécie, pois estão tão afastados da verdadeira espécie humana quanto os animais, porém os judeus estavam ainda mais afastados do que os animais e, portanto, exterminá-los não é cometer crime contra a humanidade, porque o judeu é um ser estranho à ordem natural.
Hitler errou em três pontos: primeiro, pensando que tomaria o mundo guerreando, esquecendo que, quem com espada fere, com espada será ferido, segundo o evangelho de São João, onde ele tanto se apoiou; segundo, Hitler quis aproveitar a sua época de poder e acreditou nos "setecentos anos" dos perfeitos cátaros, enquanto que se dizia "perdoar setenta e sete vezes sete", isto é igual a 777, e não 539. Assim, o ano da renovação seria 2021 e não 16 de março de 1944, quando fez setecentos anos da queda de Montségur. Isto é sabido nos mais sérios e profundos estudos e colégios iniciáticos, sendo aqui exposto porque nos foi permitido. E, terceiro, o nazismo se preparou espiritualmente, mas desapercebidamente, na sua sede de poder e glória para sempre, não levou em conta o capítulo XVII do Apocalipse de São João, onde a mulher que se acha sentada sobre muitas águas é a própria Igreja, com suas coroas, que são nada menos que as nações vencedoras. Esta mulher se embriaga com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus — quase 750 anos já se passaram após o extermínio dos cátaros e apenas agora podemos reconhecer que a Igreja está enfraquecida e dividida entre os católicos, que num último suspiro se agarram à linha carismática, e os exorcistas via satélite e pastores de aluguel. O enfraquecimento da Igreja faz parte do cenário apropriado para o ressurgimento da Nova Ordem que começa a ser erigida para o ano 2021.
in A Nova Ordem Secreta; Godoy, A. C. – Madras – São Paulo, 1996
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