abril 13, 2007
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Com o cut-up, a ideia de um texto interativo já estava lançada. Na época, o método de Burroughs era bastante primitivo: munido de gravadores e uma tesoura, ele cortava tiras de textos das fontes mais variadas — trechos da Bíblia, Shakespeare e os diálogos de um filme-B, por exemplo. Depois, justapunha-os com textos seus e reescrevia o resultado. A descontinuidade provocada pelo vírus tornava o texto uma zona de turbulência, como se estivéssemos vendo vários canais ao mesmo tempo.
Um comentário:
Por falar em só eu leio, fiquei bem 1 hora refletindo sobre seu último post, o bright. É bright mesmo. Multileituritidunal. Por quê? Veja: se vc é um ocidental, verá ali o gênesis, o fiat lux, a bíblica e avassaladora ordem de deus para que tudo comece, e já começa louco. Entretanto, se vc é um oriental, poderá ver ali a sacanagem de deus chupando a alegria dos homens, o arco-íris da criatividade, para tudo virar frio fino e reto padrão.
Como o título é bright, vejo que o autor é um ocidental. Quase disse cristão, mas aí seria inferência a ser punida com chibatadas, coisa que não estou a fim no momento. Assim, não ouso ver no triângulo o god [ou dog] tantas vezes por ele [triângulo] representado. Fico com o gênesis. É sempre bom renascer, é sempre bom o arco-íris, com ou sem potes de ouro na geografia do cérebro.
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