Definição do surrealismo:
O Surrealismo é um movimento de revolta completa contra tudo o que amarra o homem, contra tudo que lhe faz crer na sua impotência, na sua ignorância, no seu aprisionamento ao real, e o impele a resignar-se à sua condição humana. Reflecte uma confiança louca na progressiva transformação do homem, uma expectativa messiânica no que poderá ser, em lugar de no que é. Encarna a esperança revolucionária de que a humanidade em breve se aperceberá da irrealidade do Fantasma-Deus, constatará a falência de Cristo, a inutilidade do Seu Sacrifício, e a maleficência da sua vinda à terra, pois retardou por dois milhares de anos a libertação do homem no planeta, e seduziu os seus habitantes, fazendo-lhes amar uma criatura quimérica, um Pai que abandonou o seu Filho no calvário. Em suma, o surrealismo é uma recusa do que existe, um acto de fé nas ilimitadas possibilidades da imaginação, um desprezo pela inteligência racional, incapaz de atingir a verdade, a libertação do subconsciente do espírito de tudo que aí recalcamos: sonhos perigosos, instintos monstruosos, desejos loucos.
Origens do surrealismo:
Para além de todos os poetas malditos, todos os blasfemos, todos os magos negros, é certo que os surrealistas se encontram com Lúcifer. Teologicamente, são a família dos anjos revoltados, historicamente, aparentam-se com todos os hereges e anarquistas satânicos. Em todo o caso pode-se dizer que foi a guerra de 1914 quem provocou essa crise de desespero, e essa necessidade de evasão, que conduziram ao surrealismo.
Consequências:
As lógicas: como o ateísmo. Aquele que deixa de crer em Deus e em Cristo torna-se anarquista e niilista. Motivos para odiar o mundo feroz e egoísta. Revolta contra o excesso de miséria terrestre, contra todo um estado de coisas que é um desafio à dignidade humana. Necessidade de uma Revolução (sangrenta, do seu ponto de vista), e do Terror. As não lógicas: negar Deus e no entanto blasfemar continuamente, o que deixa supor que se acredita que ele existe. Misticismo às avessas que se manifesta no gosto pelo sacrilégio, profanação da Eucaristia, projectos de destruição de catedrais e de claustros, quando não se pensa em profanar as mesquitas ou os mosteiros tibetanos. Há pois aí um testemunho invertido, um ódio que é fruto da adoração, na realidade uma ânsia de êxtase religioso.
O Surrealismo é um movimento de revolta completa contra tudo o que amarra o homem, contra tudo que lhe faz crer na sua impotência, na sua ignorância, no seu aprisionamento ao real, e o impele a resignar-se à sua condição humana. Reflecte uma confiança louca na progressiva transformação do homem, uma expectativa messiânica no que poderá ser, em lugar de no que é. Encarna a esperança revolucionária de que a humanidade em breve se aperceberá da irrealidade do Fantasma-Deus, constatará a falência de Cristo, a inutilidade do Seu Sacrifício, e a maleficência da sua vinda à terra, pois retardou por dois milhares de anos a libertação do homem no planeta, e seduziu os seus habitantes, fazendo-lhes amar uma criatura quimérica, um Pai que abandonou o seu Filho no calvário. Em suma, o surrealismo é uma recusa do que existe, um acto de fé nas ilimitadas possibilidades da imaginação, um desprezo pela inteligência racional, incapaz de atingir a verdade, a libertação do subconsciente do espírito de tudo que aí recalcamos: sonhos perigosos, instintos monstruosos, desejos loucos.
Origens do surrealismo:
Para além de todos os poetas malditos, todos os blasfemos, todos os magos negros, é certo que os surrealistas se encontram com Lúcifer. Teologicamente, são a família dos anjos revoltados, historicamente, aparentam-se com todos os hereges e anarquistas satânicos. Em todo o caso pode-se dizer que foi a guerra de 1914 quem provocou essa crise de desespero, e essa necessidade de evasão, que conduziram ao surrealismo.
Consequências:
As lógicas: como o ateísmo. Aquele que deixa de crer em Deus e em Cristo torna-se anarquista e niilista. Motivos para odiar o mundo feroz e egoísta. Revolta contra o excesso de miséria terrestre, contra todo um estado de coisas que é um desafio à dignidade humana. Necessidade de uma Revolução (sangrenta, do seu ponto de vista), e do Terror. As não lógicas: negar Deus e no entanto blasfemar continuamente, o que deixa supor que se acredita que ele existe. Misticismo às avessas que se manifesta no gosto pelo sacrilégio, profanação da Eucaristia, projectos de destruição de catedrais e de claustros, quando não se pensa em profanar as mesquitas ou os mosteiros tibetanos. Há pois aí um testemunho invertido, um ódio que é fruto da adoração, na realidade uma ânsia de êxtase religioso.
in A experiência demoníaca: contada por Frei Colomben de Jumièges; Gengenbach, Ernest de – Vega – Lisboa, 1976
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