
Eu faço amor também com as mãos
É um amor bom
Calmo
Cheio de imaginação
Povoado de gente amiga
E costumeira
Dá certo sempre
E algumas vezes
Dá muito certo
in Os originais; Pimentel, Cid – Hucitec – São Paulo, 1986
Com o cut-up, a ideia de um texto interativo já estava lançada. Na época, o método de Burroughs era bastante primitivo: munido de gravadores e uma tesoura, ele cortava tiras de textos das fontes mais variadas — trechos da Bíblia, Shakespeare e os diálogos de um filme-B, por exemplo. Depois, justapunha-os com textos seus e reescrevia o resultado. A descontinuidade provocada pelo vírus tornava o texto uma zona de turbulência, como se estivéssemos vendo vários canais ao mesmo tempo.
7 comentários:
Cid,
Gostei, realmente UMAZONA!!!!!!!!!!
Beijão
Um par de toques. Nem precisaria escrever, a pena e a mosca.
Abraço
Adriana
dra. adriana, ótima observação. errei o sentido. vou consertear.
A pena e a mosca.
Ambas sabem como voar.
abraços
Karam
Cid, meu caro, gosto do poema (há um pouco de Bandeira na fusão entre o "costumeira" e a ênfase graciosa no resultado. Parabéns pelo blog. Adorei ler este recorte de "Flores do Mal".
Abraço do
Marco
Gostei Cid... Tem mais ?
fazer amor com as mãos...hummm,me fez viajar em várias ideías, romÂnticas ou não, sonhadoras ou necessárias...
ótima
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