janeiro 13, 2009

Marx


Mulher de Cetim Rosa – óleo sobre tela


"Se faço jardins, não quero fazer pintura, se faço pintura não quero fazer gravura em madeira, se faço xilogravura não quero fazer litografia; cada especialidade pede uma  técnica e um meio de expressão. Por isso eu me bato muito: não quero fazer uma pintura que seja jardim. Que a pintura e os problemas artísticos tenham influenciado todo meu conceito de arte, não há dúvida. Tenho procurado na vida não me cingir a uma fórmula. Detesto fórmulas, eu amo os princípios"



Parque do Ibirapuera – São Paulo, SP


"Amor é preservar a vida, e procurar entendê-la em todas as dimensões, do que vai a grandes alturas e do que desce a grandes profundidades. Toda  limitação de amor reduz nossa possibilidade de participação. O que mais amo? Arte e árvores"



Sem título – tinta para tecido sobre brim


in Roberto Burle Marx – Lemos Editorial – São Paulo, 1996
Fotos: Haruyoshi Ono, Folha Imagem e Eduardo C. Schwarzstein

Pioneiros do Cinema Brasileiro

1932

O ano de 1932 apresentou uma produção de sete filmes: apenas um a mais que o ano anterior.

Em São Paulo, Amor e Patriotismo mesclava seqüências com atores e cenas documentais da Revolução de 1930. Octávio Gabus Mendes deixava momentaneamente a crítica para dirigir Às Armas!.

Com Um Bravo do Nordeste, o cinegrafista Edson Chagas estreava na direção e conseguia realizar um drama rural de aventuras.

Eduardo Abelim, infatigável lutador até o final de seus dias, terminava o seu O Pecado da Vaidade.

Surge então surpreendentemente um novo pólo de produção, em Campo Grande, no antigo Estado do Mato Grosso. Os estreantes Líbero Luxardo, diretor, e Alexandre Wulfes, câmera-iluminador, apresentam o filme Alma do Brasil, uma produção de qualidade e criatividade.

Depois de ter estreado como diretor em São Paulo com o filmes Às Armas!, Octávio Gabus Mendes foi para o Rio de Janeiro dirigir Mulher, segunda produção da Cinédia. E, no mesmo ano, para Carmem Santos, Onde a Terra Acaba.

A produção de Carmem Santos teve os seus interiores filmados nos estúdios da Cinédia, onde também Luxardo e Wulfes montam o seu filme.

Octávio Gabus Mendes viera de São Paulo, Gentil Roiz e Edson Chagas do Recife, Humberto Mauro já está definitivamente radicado no Rio. No elenco da recente produção da Cinédia encontram-se alguns atores semiprofissionais de São Paulo. De agora em diante é consenso que tudo marcha para ter uma solução no Rio de Janeiro.


Filmagem de A Voz do Carnaval (1933), da Cinédia. Primeiro filme sonoro movietone a ser finalizado no Brasil? Discussão sem maior importância. Em cima do caminhão, atrás do chassi do Art·Reeves, gravador importado, Afrodizio de Castro, que atuou como técnico de som. De chapéu preto, Humberto Mauro, que além de dirigir o filme junto cam Adhemar Ganzaga, também trabalhou como um dos câmeras. Começava uma nova época.



1933

O som na película chega para ficar. Todos os exibidores tratam de se adaptar aos novos tempos, instalando o movietone sem perda de tempo. As empresas que se encarregam desse serviço quase não dão conta do recado.

Em pouco tempo, o mercado vai sendo tomado pela febre do movietone, o que era anunciado em grandes letras à frente dos cinemas.

O vitaphone, o som em discos, transforma-se rapidamente em velharia de museu. Todo o esforço de Luiz de Barros fica valendo como valor histórico, mas sem aplicação prática.

Em Ganga Bruta, contudo, são ainda utilizados os discos: alguns gritos de Déa Selva, uma composição de Radamés Gnatalli, uma canção com letra de Joracy Camargo e música de Heckel Tavares, pouco mais ...

É verdade que Fausto Muniz testara já seu movietone, cujas peças ele próprio fundira e montara, enquanto Adhemar Gonzaga fazia o mesmo com o seu Art-Reeves importado.

O teste de Muniz chamou-se O Carnaval de 1933; e o de Gonzaga, A Voz do Carnaval, com o cômico Palitos e uma quase desconhecida Carmen Miranda.

Não se pensava mais em filmes silenciosos, muito menos com discos. Terminara todo um período do cinema no Brasil, a história de uma inacreditável persistência.


Ao centro, numa cena de O Caçador de Diamantes (1932), Rubens Roca com Sérgio Montemor à esquerda e Francisco Scollamieri à direita.

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Jurandyr Noronha, pesquisador, jornalista e historiador nascido em Juiz de Fora, estado de Minas Gerais, sempre esteve ligado ao cinema brasileiro. fez parte de algumas das mais antigas produtoras do país, como a Pan Filmes e a Filmes Artísticos Nacionais e foi redator da revista Cinearte. Atuou como diretor de fotografia, câmera, montador e editor do Cinédia-Jornal. Participou da comissão Cavalcanti, da Presidência da República, da qual resultaria o Instituto Nacional do Cinema, mais tarde Embrafilme. Em seminário da Unesco, realizado em Buenos Aires, elegeu-se secretário-executivo do Comitê Latino-americano para Produtores de Documentários para Cinema e Televisão. Roteirista e diretor de cerca de quarenta filmes-documentários e dos longas-metragens Panorama do Cinema Brasileiro, 70 Anos do Brasil e Cômicos + Cômicos; foi tambêm o criador do Museu do Cinema. Fez pesquisas nos estúdios Pathé, França, na biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e nos estúdios Nordisk, Dinamarca. é autor dos livros No Tempo da Manivela, sobre o período do cinema silencioso no Brasil, e Imigrantes no Cinema Brasileiro.


in Pioneiros do Cinema Brasileiro; Noronha, Jurandyr – Brasiliana de Frankfurt – São Paulo, Câmara Brasileira do Livro, 1994
Fotos da Coleção Jurandyr Noronha – Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro

janeiro 07, 2009

Bichinhos de Estimação

As bruxas adoram chegar em casa e encontrar seus bichinhos de estimação à sua espera. Elas os tratam como se fossem seus parentes, isto é, sem a mínima consideração. Não os alimentam e eles acabam indo procurar comida na casa dos vizinhos. Por isso, tem gente que pensa que as bruxas podem assumir uma forma animal para xeretar na casa dos outros. 

Na verdade, essa fofoca começou entre as próprias bruxas, que sempre gostam de exagerar o seu poder e assustar as pessoas. Porque os feitiços que provocam essas transformações radicais só são conhecidos pelas feiticeiras mais antigas. 


Gato 
Toda bruxa deve ter um gato preto, mas é bom alimentá-lo com freqüência — e na hora certa. 



Bode 
Embora seja um animal teimoso, ele é útil para destruir o jardim do vizinho. 



Lesma 
Uma amiguinha calma e agradável, mas que deve ser mantida a distância das plantas mais preciosas.


in Manual Prático de Bruxaria em Onze Lições; Bird; Malcolm – Trad. e Adap. Heloisa Prieto – Àtica – São Paulo, 1996
Ilustrações: Malcolm Bird, 1984

janeiro 06, 2009

Feliz Ano Novo!




Cartum de Duayer

Circuncisão



No oitavo dia, após o seu nascimento, o Menino foi circundado e recebeu o nome de Jesus, conforme recomendara o anjo Gabriel. 

Jesus quer dizer Salvador e Cristo significa ungido, consagrado. 

"Entre os Judeus, os profetas, os pontífices e os reis eram ungidos por uma unção feita com azeite, símbolo da graça e da fôrça de Deus que então desciam nêles". 

São Bernardo disse que o nome de Jesus é mel ao paladar, melodia aos ouvidos e júbilo ao coração. 

Comemora-se a circuncisão de Jesus Cristo no dia primeiro de janeiro. 


in Natal; Scaramelli, José – Saraiva – São Paulo, sd

Mobilização por Justiça

Alarmados com a perspectiva de impunidade dos culpados, os Ticuna elegem uma comissão de seus representantes para viajar à Brasília e buscar providências urgentes das autoridades. 

Levam uma carta, pedindo por três medidas de curto e longo prazo: 1) punição exemplar dos agressores; 2) auxílio às famílias vitimadas (assistência de saúde e aposentadoria das viúvas pelo INAMPS; 3) decretação de todas as áreas Ticuna e atuação imediata de comissão Interministerial para resolver o problema fundiário na região.






in RÜ AÜ I TICUNAGÜ ARÜ WU'I, A lágrima Ticuna é uma só – Mágüta – Centro de Documentação e Pesquisa do Alto Solimões – AM, 1988

Idiofone



ícone (icônico, iconicidade) Uma propriedade proposta para alguns SISTEMAS SEMIÓTICOS, com exceção da LÍNGUA, para indicar os sinais cuja FORMA física corresponde bastante a características das entidades a que se referem. Acontece normalmente com a comunicação animal, pois um grito que exprime medo só se dá em um contexto que provoque medo. Na língua, apenas um número limitado de ITENS possuem tais propriedades diretamente simbólicas ("icônicas"), sendo exemplos as expressões onomatopaicas: tique-taque, cuco, etc. Ver Lyons 1977b: Caps. 3, 4.

ideacional Termo ocasionalmente usado na SEMÂNTICA como parte de uma classificação de tipos de SIGNIFICAÇÃO. Refere-se ao aspecto da significação que se associa ao conhecimento COGNITIVO que o falante tem do mundo exterior ou (em uma definição behaviorista) aos acontecimentos objetivamente observáveis do mundo exterior, conforme reefletidos na LÍNGUA. Esta função da língua — exprimir o CONTEÚDO — geralmente se opõe às significações INTERPESSOAL (ou social), EXPRESSIVA e TEXTUAL. OS termos "conceitual" e COGNITIVO têm sentido semelhante. Ver Lyons 1977b: Cap. 2.

idealização (ideal) Termo usado na LINGÜÍSTICA com referência ao grau de desconhecimento do lingüista a respeito de certos aspectos da variabilidade de seus DADOS (enquanto matéria-prima), a fim de chegar a uma análise que seja aplicável de forma a mais GERAL possível. A "idealização" é uma suposição importante da lingüística GERATIVA, pois está por trás da noção de COMPETÊNCIA. Nesta visão, uma das principais finalidades da lingüística é descrever a LÍNGUA de um falante-ouvinte "ideal", em uma comunidade de FALA ideal (homogênea), que conheça sua língua perfeitamente e não seja afetado por limitações de memória, distrações, erros, etc. ao usar a língua. Ainda que seja inevitável um certo grau de idealização, há freqüentes controvérsias quanto àquilo que deve ser descartado ao se realizar uma análise, quando se pretende obter afirmações gerais. Ver Lyons 1968. Cap. 4.

idiofone Termo usado por alguns LINGÜISTAS para indicar um som da fala identificável com um único IDIOLETO. Ver Bolinger e Sears 1981: Cap. 9.

idioleto Termo usado na LINGÜÍSTICA para caracterizar o SISTEMA lingüístico de um falante individual — seu DIALETO pessoal. Pode-se ver o dialeto como uma abstração derivada da análise de um grande número de idioletos. Alguns lingüistas limitam o uso do termo aos hábitos de fala de uma pessoa, conforme aparecem em uma determinada VARIANTE em um determinado momento. Ver Robins 1980: Cap. 2; Trudgill 1984: Cap. 1.

idioma Variação de LÍNGUA, no sentido de um SISTEMA LINGÜÍSTICO usado por uma determinada comunidade de FALA. Ver Robins 1980: Cap. 1; Bolinger e Sears 1981: Cap. 1.


in Dicionário de Lingüística e Fonética; Crystal, David – Jorge Zahar Editor – Rio de Janeiro, 1988

Enterrar os Ossos

"Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo". A frase não é uma alusão ao Ato 5. Estava junto ao trono de Jim Jones, entre cadáveres, na Guiana. Mas no ano que passou o repórter documentou o que acontecia dentro do DOI-CODI, os tempos duros sob a censura e recolheu também o relato de um torturado além de outros fatos que marcaram 1978.
 

in A Hora de Enterrar os Ossos; Rangel, Carlos – Tipo Editor – Rio de Janeiro, 1979


Presidente
Arthur da Costa e Silva, Marechal

Vice-Presidente
Pedro Aleixo

Gabinete Militar
Jayme Portella de Melo, General-de-Divisão

Gabinete Civil
Rondon Pacheco 

Serviço Nacional de Informações
Emílio Garrastazu Médici, General-de-Divisão 
Carlos Alberto da Fontoura, General-de-Brigada

Estado-Maior das Forças Armadas
Nélson Freire Lavanère-Wanderley, Tenente-Brigadeiro 
Orlando Geisel, General-de-Exército 

Consultoria Geral da República
Adroaldo Mesquita da Costa

Departamento Administrativo do Pessoal Civil
Antônio Lessa de Abreu e Silva
 
Ministério da Aeronáutica  
Ministros: 
Márcio De Souza e Mello, Marechal-do-Ar 
Interinos: 
Carlos Alberto Huet de Oliveira Sampaio, Tenente-Brigadeiro

Ministério da Agricultura  
Ministros: 
Ivo Arzua Pereira 
Interinos: 
Raymundo Bruno Marussig 
Ruy Corrêa Lopes

Ministério da Educação e Cultura  
Ministros: 
Tarso de Morais Dutra
Interinos: 
Favorino Bastos Mércio 

Ministério da Fazenda  
Ministros: 
Antônio Delfim Netto 
Interinos: 
Fernando Ribeiro do Val 
José Flávio Pécora 

Ministério da Indústria e do Comércio  
Ministros: 
Edmundo de Macêdo Soares e Silva 
Interinos: 
José Fernandes de Luna 

Ministério da Justiça  
Ministros: 
Luiz Antônio da Gama e Silva 
Interinos: 
Hélio Antônio Scarabôtolo 

Ministério da Marinha  
Ministros: 
Augusto Hamann Rademaker Grünewald, Almirante-de-Esquadra 
Interinos: 
José Moreira Maia, Almirante-de-Esquadra 

Ministério das Comunicações  
Ministros: 
Carlos Furtado de Simas 
Interinos: 
João Aristides Wiltgen 

Ministério das Minas e Energia  
Ministros: 
José Costa Cavalcanti 
Interinos: 
Henrique Brandão Cavalcânti 
Antônio Dias Leite Júnior 

Ministério das Relações Exteriores  
Ministros: 
José de Magalhães Pinto 
Interinos: 
Sérgio Corrêa Affonso da Costa 
Mário Gibson Alves Barboza 
Mozart Gurgel Valente Júnior 

Ministério do Exército  
Ministros: 
Aurélio de Lyra Tavares, General-de-Exército 
Interinos: 
Orlando Geisel, General-de-Exército 
Adalberto Pereira dos Santos, General-de-Exército 

Ministério do Interior  
Ministros: 
Afonso Augusto de Albuquerque Lima, General-de-Divisão 
Interinos: 
Antônio Faustino Porto Sobrinho 
Dalmo Leme Pragana 
José Costa Cavalcânti 

Ministério do Planejamento e Coordenação-Geral  
Ministros: 
Hélio Marcos Penna Beltrão 
Interinos: 
Amaure Raphael de Araújo Fraga 
Milton de Oliveira Ferreira 
João Paulo dos Reis Velloso 
Marcus Vinicius Pratini de Moraes 

Ministério do trabalho e Previdência Social  
Ministros: 
Jarbas Gonçalves Passarinho 
Interinos: 
Eduardo Augusto Brêtas de Noronha 
Celso Barroso Leite 
Newton Burlamaqui Barreira, Coronel 

Ministério dos Transportes  
Ministros: 
Mário David Andreazza 

Minstério da Saúde  
Ministros: 
Leonel Tavares Miranda de Albuquerque 
Interinos: 
Luiz Pires Leal 
Romeu Honório Loures 


por Guinigui em www.presidencia.gov.br

Enquanto isto...



Charge de Duayer

janeiro 04, 2009

Engorda de Gansos

Para a engorda de gansos existem dois processos, com vantagens e desvantagens. O primeiro, ceva dos gansos novos, iniciado com as aves de duas ou três semanas, exige um pouco mais de trabalho e investimento financeiro, mas produz, no entanto, aves de carne muito tenra e apreciada em restaurantes de luxo. Esse tipo de engorda é praticado mais comumente por grandes criadores. O segundo processo, a ceva de gansos adultos em pasto e depois em regime de engorda, leva mais tempo, porém os gastos são extremamente menores. 
 

Os cercados para os gansos adultos em ceva podem ser móveis, possibilitando a remoção diariamente a diferentes lugares 

Ceva dos Gansos Novos 

É uma espécie de criação intensiva, com abrigos especiais, que devem ter um aquecimento agradável. Os passeios no pasto não são permitidos, ou o são em espaço limitado. Em dias de sol as aves ficam de uma a duas horas ao ar livre. 

A alimentação é especial, rica em proteínas, tendo a ração que conter proporção de 20% em média de; proteína animal e vegetal, além de 2 a 3% de levedura. Em dias de sol, os sais minerais (2 a 5%) da ração podem ser dispensados. É conveniente tambem adicionar coalhada de leite desnatado ao alimento acima mencionado. 

Essa criação intensiva poderá ser feita também de maneira mais simples, obtendo-se, no entanto, bons resultados. Depois de cerca de um mês (até essa idade criar conforme descrito anteriormente), forneça algumas vezes por dia mistura pastosa, sem nunca esquecer das verduras adicionadas. 

As aves freqüentam o pasto, porém não deixam de receber a alimentação de consistência pastosa, com maior quantidade de proteínas. 

Boas porcentagens para a alimentação dos gansos nas diferentes etapas de engorda podem ser: 

Primeiro Período — 1ª e 2ª semanas de ceva   
fubá de milho > 70-75% ; farinha de trigo > 5-10%; farelo de trigo > 10-15%; farinha de carne > 5%; mistura de minerais   2-3%   
Segundo Período — 3ª a 6ª semanas   
fubé de milho > 80-85%; farinha de trigo > 5-10%; farelo de trigo > 5-10%; farinha de carne > 2-3%; mistura de minerais   2-3%   
Terceiro Período — 7ª e 8ª semanas   
milho em grãos ou quebrados > 90%; trigo ou cevada em grãos > 10%   
 
Ceva de Gansos Adultos 

Esse tipo de engorda começa depois da terceira ou quarta semana de idade. Após essa idade, os gansos vão para o pasto procurar seu próprio alimento, devendo receber ração à tarde, conforme explicado anteriormente, para, inclusive, acostumar-se a voltar aos abrigos noturnos. 

Atingindo 12 a 16 semanas, os gansos já estarão com cerca de 4 kg, devendo o criador vendê-los com esse peso ou então confiná-los para engorda, uma vez que esses animais não rendem mais peso apenas no pasto após essa idade. 

A engorda, a partir da 12ª semana, deverá ser feita em confinamento, em abrigos não muito pequenos, com um espaço/ave de 0,5m². O chão deve ser forrado de palha bem seca. Os grupos para engorda podem ficar também ao ar livre, conquanto que exista uma proteção contra a chuva. 

A alimentação deve ser distribuída 5 vezes por dia, podendo ser ração à base de qualquer grão — com exceção de centeio — e cenouras. A engorda dura cerca de 35 dias; uma boa dieta para engorda pode ser a seguinte: 

• Durante duas semanas as aves só recebem cenouras picadas, forraginosas ou vermelhas, sem água para beber. Deve haver também muita areia no cercado das aves. 

• Da terceira semana em diante começa-se a substituir gradativamente as cenouras por grãos, substituindo-se apenas uma refeição e assim por diante, até chegar à alimentação apenas de mistura de milho e trigo, 5 vezes ao dia, porém nunca mais de uma hora. 
 

Na alimentação dos gansos as verduras podem ser penduradas em armações do tipo "varal" colocadas nas áreas destinadas a pastagens dos animais 

O bebedouro nessa fase deverá estar sempre cheio, havendo no fundo dele areia ou pedregulho à disposição dos animais. 

Nesse regime calcula-se que cada animal gaste de 12 a 13 quilos de cereais e 15 quilos de cenouras. 

É importante sempre lembrar que a relação alimentação-peso considera o tempo gasto para engorda. Se o desejo é uma engorda rápida será necessário mais alimento concentrado e, então, maior investimento. Com um tempo mais prolongado podem-se obter bons resultados, também gastando-se menos dinheiro. 

O criador também poderá, sempre, lançar mão de vários tubérculos para alimentação, como batata, cenoura, mandioca, enfim, o que estiver mais à disposição e for mais econômico. 
 


in Manuais Práticos – Vida; Gansos – Editora Três – São Paulo, 1986
Ilustrações: Antonio das Graças Figueiredo

Scholem Aleichem


A Cura Pelas Flores



RESCUE REMEDY 
REMÉDIO DE EMERGÊNCIA 

A fórmula deste remédio é composta de cinco (5) remédios florais: 
— STAR OF BETHLEHEM: Para trauma e entorpecimento. 
— ROCK ROSE: Para terror e pânico. 
— IMPATIENS: Para irritação e tensão. 
— CHERRY PLUM: Para medo de perder o controle. 
— CLEMATIS: Para a tendência de "sair fora", a sensação de estar distante, que geralmente precede a inconsciência. 

INDICAÇÕES:
É o medicamento utilizado em todas as situações de emergência, enquanto se espera pela ajuda do médico. Rescue Remedy não substitui o tratamento médico. Ajuda a prevenir rapidamente o trauma energético, que pode ter sérias conseqüências físicas. Em uma situação que haja esgotamento de energia, chamado trauma energético, ex: notícias ruins, perturbação familiar, morte, acidente físico, temor, terror, pânico, pré e pós-operatório, pré-exames, tensão mental grave, perda de consciência. 
Sobre essas condições, Rescue Remedy previne a desintegração do sistema de energia, e rapidamente restaura-o ao normal. O processo de cura pode então começar imediatamente. Este medicamento é recomendado não só para as pessoas diretamente atingidas, mas também para os que estão a sua volta e familiares, gerando calma e confiança, para ajudarem no processo de recuperação. Rescue Remedy pode ser usado também em situações cotidianas como: 

CONFUSÃO MENTAL: 
Por ex.: Após briga de família, para receber uma carta indesejada; para crianças que viram cenas de muita violência na TV, etc. 

EVENTOS IMINENTES: 
Ir ao dentista; processo de divórcio; exame escolar; cirurgia; etc. 

TRABALHAR NUMA ATMOSFERA DE STRESS PERMANENTE: 
Ex.: Sala de tribunal; pronto-socorro hospitalar; como leiloeiro, etc. 

FORMA DE UTILIZAÇÃO:
A dosagem pode variar de acordo com as circunstâncias. 
Em casos agudos: 4 gotas em um copo d'água tomando pequenos goles a cada 5 ou 15 minutos. 
Caso não haja água ou outro líquido, pode ser dado diretamente do frasco, pingando-se gotas embaixo da língua, no lábio, ou esfregando-se no pulso, nas têmporas, na moleira, atrás do pescoço, atrás da orelha (inicialmente a cada 5 minutos, depois espaçando-se para 15, 30, 60 minutos). 
Deve ser tomado no mínimo 4 gotas 6 vezes ao dia. 

Em queimaduras, entorses, picadas, batidas ou golpes deve ser tomado em gotas diretamente do frasco. Rescue Remedy pode ser usado externamente, como compressa, 6 gotas para 1/2 litro d'água. Existe também na forma de creme, utilizado para todas as situações atritosas (lesões) na pele, e para problemas na pele (erupções e inflamações). 


in A Cura Pelas Flores; Monteiro Jr., Aluísio José Rosa – Imbrasa – São Paulo, 1995
Ilustração: Pierre-Auguste Renoir, On the Terrace, oil on canvas, 100 × 80 cm, 1881, Art Institute of Chicago

A Nova Ordem Secreta



A suástica, assim como a cruz (a qual contém), é um dos símbolos mais antigos da civilização. A suástica é o símbolo da criação e da evolução e também chamada pelos maçons de Cruz de ]aina. É também o Martelo de Thor, uma espécie de arma mágica forjada pelos anões contra os gigantes. Suas linhas que se cruzam significam o espírito e a matéria, sendo o círculo ao redor a representação do universo. A morte dos gigantes, quando Davi mata Golias, é descrita por Victor Hugo como anões cheios de espíritos que vencem gigantes horríveis e estúpidos. 

Este "cheio de espírito", no entendimento de Hitler, era a própria Alemanha, um país pequeno que derrotaria os maioores países do mundo. Era fácil basear o racismo na tradição quando ocorreu o dilúvio que destruiu Atlântida há 12 mil anos, restaram as raças arianas, semitas, turâneas e a chamada "vermelha", que seriam os ruivos druidas. Com os turâneos a rivalidade já era muito antiga, como pudemos verificar na história de Zaratustra na Pérsia. Restava, para assegurar o domínio do mundo, que pertencia aos arianos, por antiguidade, apenas destruir os semitas. A loucura de Hitler pelo Santo Graal era poder utilizar um símbolo sagrado como tinham os judeus. Os judeus tinham a cruz onde eles mataram o próprio Cristo, os turâneos (ciganos) eram nômades e não muito numerosos. Os arianos eram descendentes dos persas e, conseqüentemente, de Zaratustra, de Mani e de toda a doutrina que dominou a Europa na Idade Média. A suástica era símbolo atlante e, portanto, pertencia aos arianos, que a invocaram para destruir as outras raças. 

Hoje, nesta vertente de neonazismo, o papel que a Igreja teve na Santa Inquisição contra os cátaros foi representado na Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos, Rússia e Inglaterra, que, segundo o apocalipse, foi a fera que subiu do abismo para fazer guerra contra os profetas de Deus, que serão vencidos e mortos pelos habitantes do mundo, que se alegrarão e farão festas e mandarão presentes uns aos outros, isto é, dividirão a Alemanha vencida entre si. Hitler invocava para si a herança cátara, nos quais os perfeitos, no dia 16 de março de 1244, previram que tornaria depois de setecentos anos e ele, Hitler, em 1944, estava preparado com a sua Alemanha para dar continuidade ao que lhe pertencia por direito de raça descendente dos atlantes. Hitler comenta com os assessores mais íntimos que os ciganos, negros e judeus não são homens no verdadeiro sentido da palavra. Eles invejam e imitam o homem, mas não pertencem à espécie, pois estão tão afastados da verdadeira espécie humana quanto os animais, porém os judeus estavam ainda mais afastados do que os animais e, portanto, exterminá-los não é cometer crime contra a humanidade, porque o judeu é um ser estranho à ordem natural. 

Hitler errou em três pontos: primeiro, pensando que tomaria o mundo guerreando, esquecendo que, quem com espada fere, com espada será ferido, segundo o evangelho de São João, onde ele tanto se apoiou; segundo, Hitler quis aproveitar a sua época de poder e acreditou nos "setecentos anos" dos perfeitos cátaros, enquanto que se dizia "perdoar setenta e sete vezes sete", isto é igual a 777, e não 539. Assim, o ano da renovação seria 2021 e não 16 de março de 1944, quando fez setecentos anos da queda de Montségur. Isto é sabido nos mais sérios e profundos estudos e colégios iniciáticos, sendo aqui exposto porque nos foi permitido. E, terceiro, o nazismo se preparou espiritualmente, mas desapercebidamente, na sua sede de poder e glória para sempre, não levou em conta o capítulo XVII do Apocalipse de São João, onde a mulher que se acha sentada sobre muitas águas é a própria Igreja, com suas coroas, que são nada menos que as nações vencedoras. Esta mulher se embriaga com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus — quase 750 anos já se passaram após o extermínio dos cátaros e apenas agora podemos reconhecer que a Igreja está enfraquecida e dividida entre os católicos, que num último suspiro se agarram à linha carismática, e os exorcistas via satélite e pastores de aluguel. O enfraquecimento da Igreja faz parte do cenário apropriado para o ressurgimento da Nova Ordem que começa a ser erigida para o ano 2021. 


in A Nova Ordem Secreta; Godoy, A. C. – Madras – São Paulo, 1996

janeiro 03, 2009

Rosa



Os lugares-comuns da desventura amorosa encontram finalmente soluções tão originais como inesperadas: cacete/sorvete, chute/vermute. O velho gênio parecia estar de volta. E, em janeiro de 1936, Noel voltou a se interessar pelo trabalho, embarcando numa nova canoa: ser produtor do filme "Cidade Mulher", de Carmen Santos. 

O novo trabalho introduziu algumas modificações em seu cotidiano. Agora, ele passava as noites no Cassino Beira-Mar, onde eram realizadas as filmagens. No meio da madrugada, dava uma fugidinha até a Lapa, para pegar Ceci na saída do trabalho. Voltava com ela para o cassino e juntos assistiam às últimas tomadas da noite. 

Noel estava bastante interessado no filme, onde seriam apresentadas seis composições inéditas de sua autoria. Quatro delas foram feitas especialmente na ocasião, durante as filmagens: Cidade Mulher, a valsa Uma Noite à Beira-Mar e duas parcerias com José Maria de Abreu: Morena SereiaNa Bahia. Havia ainda uma parceria com Vadico, cheia do humor dos bons tempos, Tarzan, o Filho do Alfaiate. Por fim uma homenagem a Ceci, Dama do Cabaré.

Apesar do entusiasmo, o filme foi um fracasso completo, acabando com as forças e o humor de Noel. Durante um ano, ele praticamente não compôs. De vez em quando arriscava uma obra, mas a bossa e a rima não vinham como antigamente: 

"Maria Fumaça 
Fumava cachimbo 
Bebia cachaça 
Maria Fumaça 
Fazia arruaça 
Quebrava vidraça 
E só de pirraça 
Matava as galinhas 
Das vizinhas 
Maria Fumaça 
Só achava graça 
Na própria desgraça 
( ... ) 
Maria Fumaça 
Não diz mais chalaça 
Não faz mais trapaça 
Somente ameaça 
Que acaba com a raça 
Tomando potassa 
Perdeu o rompante 
Foi presa em flagrante 
Roubando um baralho 
Não faz mais conflito 
Está no distrito 
Lavando assoalho" 
(Maria Fumaça) 


in Noel Rosa; Caldeira, Jorge – Brasiliense – São Paulo, 1982

Em plena Praça

janeiro 02, 2009

Outras Trepadeiras do Cerrado

Mandevilla antennacea K. Schum.
 


Trepadeira herbácea volúvel; ramos jovens vináceos tornando-se marrons quando mais velhos; folhas simples coriáceas brilhosas; botões florais vermelhos; flores brancas de odor suave e agradável. 

Caráter ornamental: tanto a floração, extremamente bela, como também a folhagem que apresenta textura incomum. 

Ambiente: Ocorre geralmente em bordas de Mata de Galeria a pleno sol. 

Ocorrência: Acre e Distrito Federal. 

Indicação de uso: cercas, treliças ou até mesmo como elemento de destaque. 



Davilla nitida (Vahl.) Kubitzki.



Trepadeira lenhosa, volúvel, ramos marrons; folhas simples coriáceas; flores pequenas amarelas; frutos globosos vermelhos quando imaturos e amarelo-alaranjados quando maduros. 

Caráter ornamental: Flores e frutos. 

Ambiente: Ocorre em Cerrado sensu stricto e Mata Seca, a pleno sol. 

Ocorrência: DistritoFederal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e Tocantins. 

Indicacão de uso: Pérgolas, cercas, caramanchões e coroamento de muros. 



Paragonia pyramidata (L. Rich.) Bur.
Nome comum: Cipó-de-folha-dura 
 


Trepadeira lenhosa, ascensão por gavinhas, comportando-se como escandente na falta de suporte; ramos jovens verdes tornando-se marrons quando mais velhos; folhas compostas bifolioladas, membranáceas, veiutinas na face abaxial; inflorescências numerosas com flores tubulosas variando do rosa ao lilás; frutos secos marrons. 

Caráter ornamental: A folhagem brilhosa e a floração abundante. 

Ambiente: Ocorre em bordas de Mata de Galeria a pleno sol. 

Ocorrência: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. 

Indicacão de uso: Elemento de destaque, pérgolas, coroamento de muros, cercas e caramanchões. 


in Trepadeiras Ornamentais do Cerrado; Ramalho, Celina Lima e Proença, Carolyn Elinore Barnes – Embrapa Cerrados – Universidade de Brasília, 2004
Fotos: Celina Ramalho