maio 31, 2019

Unsniverso

O mundo é plano
A terra é marrã clarinha
O planeta diário

Robert Rauschenberg, Rodeo Palace (Spread), 1975-76, solvent transfer, pencil, and ink on fabric and cardboard, with wood doors, fabric, metal, rope, and pillow, mounted on foamcore and redwood supports, 144 × 192 × 5 1/2 in., collection of Lyn and Norman Lear, Los Angeles, © Robert Rauschenberg Foundation


Meus heróis são imortais


Um Por Todos – Todos Por Um!

A famosa legenda dos personagens de "Os Três Mosqueteiros" de Dumas pode ser aplicada também ao grupo de diferentes lidadores que, neste momento histórico do mundo, estão vivendo a epopeia do petróleo.
Realmente, dos laboratórios ESSO às refinarias, das refinarias aos navios-tanques, toda uma legenda de sacrifícios mútuos e heroísmo coletivo se vem escrevendo, afim de que não falte aos exércitos das Nações Unidas, e ao seu front interno, este mais do que decisivo fator da lula presente: o petróleo.
Os sábios e pesquisadores dos laboratórios ESSO – eles são mais de 1.500 – estão dando o melhor de seu espírito inventivo em pesquisas e descobertas novas. Os técnicos e operários das refinarias multiplicam e dobram os seus esforços para atender às avassaladoras necessidades da guerra. Sobre os mares perigosos, infestados ele submarinos, o petroleiro audaz é conduzido por marujos corajosos.
E há ainda um quarto mosqueteiro – este, seu conhecido: o Revendedor ESSO – sacrificado mais do que ninguém no seu ganha-pão quotidiano. No entanto, ele continua, através da guerra, a sua tarefa de guerra: ensinando os motoristas em tráfego como poupar seus carros e caminhões a desgastes prematuros; pedindo-lhes que economizem pneus, para que o menor consumo dos mesmos permita que os exércitos aliados possam ter mais borracha; e auxiliando os automobilistas a conservar seus carros parados.
Por tudo isso, esses "mosqueteiros" estão participando da construção do mundo futuro, de justiça, liberdade e dignidade, ideal para cuja consecução não poupamos sacrifícios energias e nem desprendimento.
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Ouça O Reporter ESSO, diariamente, pelas radios:Nacional, do Rio; Record, de S. Paulo; Inconfidência de Minas Gerais, B. Horizonte, Farroupilha deP. Alegre e Radio Club de Pernambuco, Recife.
STANDARD OIL COMPANY OF BRAZIL
NO TREMENDO ESFORÇO DE GUERRA, APERFEiÇOAMOS A QUALIDADE E O SERVIÇO DE AMANHÃ

in O Estado, sábado, 29 de maio de 1943

maio 30, 2019

De noite, na cama



E agora? Qual é o sentido de toda essa escuridão ao meu redor? Será que fui enterrada assim que pisquei o olho? Imagine se eles fariam uma coisa destas! Claro que não. Sei o que é. Estou acordada. É isto. Acordei de madrugada. Não é ótimo? Era tudo o que eu queria. Quatro e vinte da manhã e aqui está esta garota, com dois olhos acesos como um par de girassóis. Formidável. Justamente na hora em que todas as pessoas decentes vão dormir, tenho eu que acordar. Nunca vi maior sacanagem em toda a minha vida. É o que torna as pessoas furiosas e com vontade de matar, sabiam?
E sabem o que me levou a isto? Ter ido para a cama às dez da noite. Ir para a cama às dez da noite! É um desastre. D-e-z-espaço-d-a-espaço-n-o-i-t-e: desastre. Cedo na cama e você se dana. Vá dormir com as galinhas e você se aporrinha. Deitada antes do nascer do sol, só lhe restará um lençol. Dez da noite, depois de ler por algumas horas! Ler, ah, ah. Ora, eu acenderia a luz neste exato momento e voltaria a ler meu livro, se não tivesse sido ele o causador desta insônia. Puxa, o estrago que a leitura provoca neste mundo. Todo mundo sabe disto - todo mundo que é alguém. Todas as boas cabeças pararam de ler há anos. Vejam o equívoco de La Rochefoucauld sobre isto: ele disse que se ninguém tivesse aprendido a ler, poucas pessoas teriam se apaixonado. Pelo menos, era o que ele pensava. Está bem, La Rochefoucauld. Como eu gostaria de nunca ter aprendido a ler. Gostaria de nunca ter aprendido a tirar a roupa. Pelo menos não estaria nesta entalada às quatro e meia da manhã. Se ninguém jamais tivesse aprendido a tirar a roupa, pouquíssimas pessoas teriam se apaixonado. Não, a frase dele é melhor. Ah. tudo bem, o mundo é mesmo dos homens. 









Parker,Dorothy, 1893-1967.
Big loira e outras histórias / Dorothy Parker;
tradução de Ruy Castro – São Paulo Companhia das Letras, 1987

maio 29, 2019

Self Birthday























Homens são de Marte
Mulheres são de Venus
Quem são os que são de Gêmeos?


Piraru cu



A SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DA VÁRZEA DO RIO AMAZONAS E EXPERIMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NOS ESTADOS DO PARÁ E DO AMAZONAS
David G. McGrath e Antônia Socorro Penada Cama
Introdução
A várzea do rio Amazonas sempre foi o corredor central da ocupação no Amazonas. Até a década de 1970, quando a atual malha rodoviária começou a ser construída, a população amazônica se concentrava na várzea e nas margens dos principais rios. Apesar de sua importância em termos demográficos e econômicos a situação fundiária da várzea sempre foi contraditória. Na interpretação do governo brasileiro, a várzea é considerada patrimônio da União e, portanto, nela não pode haver propriedade privada. No entanto, a várzea tem sido ocupada por gerações e, em toda a sua extensão, a população desenvolveu arranjos institucionais para garantir o acesso à terra e aos recursos naturais locais. Em muitas regiões de varzea, propriedades privadas são delimitadas e reconhecidas pela população local. Além disso, existe um mercado de terras de várzea no qual é possível comprar e vender propriedades, apesar da falta de títulos legais.


 
A Questão fundiária e o manejo dos recursos naturais da várzea : 
análise para a elaboração de novos modelos jurídicos 
José Heder Benatti ... [et al.] 
Manaus  – Ibama – 2005

Pai Pai (tem uma gota de mãe)

Um sapinho no front


Uma vez no seminário, descobri tarde demais que eu caíra numa armadilha igualmente cheia de adversidades, ao me ver preso em novo contexto de opressão. Querendo escapar do ambiente massacrante da minha casa, deparei-me com um cotidiano controlado por regras severas. A vida de interno me parecia tão hostil que, de melhor aluno da classe no grupo escolar, tirei nota cinco no final do primeiro ano do ciclo ginasial, beirando a expulsão por falta de condições intelectuais para a carreira sacerdotal. Naquele seminário, estávamos longe de uma reclusão desordenada. Ao contrário, um dos problemas advinha do excesso de ordem e controle. Os superiores exerciam uma autoridade, agora em nome de Deus, que nem meu pai ousaria. Para tudo se respondia Deo gratias, pois tudo se devia à graça de Deus. Tudo era feito Ad majorem Dei gloriam, porque a glória de Deus estava acima de tudo. Em nome de Deus, uma falta considerada grave
podia motivar expulsão, num ritual que simulava a perda do paraíso. Rezávamos o terço individual, durante as filas para ir de um lugar ao outro do edifício, atendíamos obrigação permanente de fazer silêncio e rezávamos na capela várias vezes ao dia. O horário para conversa era rigidamente controlado. Havia castigos para qualquer regra quebrada do Regulamento, escrito num opúsculo que carregávamos como a Palavra Revelada do Reitor e demais superiores. O mais popular dos castigos era "ir pra parede", ou seja, ficar em pé no meio do pátio, encostado a uma parede, mantendo silêncio enquanto os colegas se divertiam, por tempo determinado à altura da falta cometida. A comunidade, com mais de cem internos, dividia-se entre dois grandes grupos: os maiores e os menores. Neste último incluíam-se os novatos ou "sapinhos", nome usado para caracterizar a hibridez dos recém-chegados, que não pertenciam mais ao mundo profano, mas ainda não partilhavam da comunidade dos eleitos para o serviço de Deus. Apesar da proibição de conversas entre as duas categorias, nos horários de recreio os veteranos de várias idades adoravam fazer gozações e humilhar os novatos, tratados como pessoas incompetentes, imprestáveis e, sobretudo, burras. Durante os horários para jogos, em especial futebol, vôlei e pingue-pongue, eu me via acuado em meio a garotos e adolescentes desconhecidos. Como "sapinho", estava sujeito ao poder sádico exercido sobre os mais fracos e diferentes, que hoje se identifica como bullying. Logo na chegada, fui batizado com o apelido, para mim incômodo e inexplicável, de "Boca Larga" - ali onde eram comuns os apelidos, muitas vezes grosseiros, relacionados a alguma característica desabonadora. Lembro de um novato que, por não primar pela beleza, recebeu a alcunha de "Chiclete de Onça". Um coleguinha de classe de pernas finas passou a ser chamado de "Sabiá" - e ninguém o conhecia pelo verdadeiro nome. Só escapava quem mostrasse qualidades viris. Por ser bom jogador de futebol, um dos menores mereceu a alcunha de "Pilé", em referência ao Pelé, recente fenômeno do futebol brasileiro. Com os veteranos, era mais comum o apelido enfatizar alguma qualidade - que podia ter conotação sexual mal disfarçada, como no caso do rapagão conhecido como "Tolere", em possível referência às suas dimensões íntimas. Antes da admissão ao seminário, entre as várias informações e solicitações enviadas à família do candidato, constava uma lista de roupas que eu deveria levar. Tudo bordado com o número 50, que me identificava. Para preparar o enxoval, minha mãe fez o melhor ao seu alcance. A partir de sacos de farinha usados, costurou as cuecas que algum dia eu iria usar. Fez o mesmo com meus calções, que eu julgava horrorosos e me deixavam envergonhado frente aos colegas mais ricos. Semanas depois de internado, em meio a novidades assustadoras, levei bronca do meu "anjo", nome dado a um veterano
designado para introduzir o novato nas regras severas da comunidade. Como eu ousava estar sem cueca? Na verdade, eu nem imaginava para que serviam as cuecas solicitadas na lista de enxoval. Candidamente, continuei usando minhas calças curtas, por cima da pele. Esperava que alguém me avisasse quando deveria começar, já que nada me parecia marcar a passagem para o "tempo das cuecas"..

Pai, Pai – João Silvério Trevisan – 1ª edição – Rio de Janeiro; Alfaguara. 2017

JOÃO SILVÉRIO TREVISAN tem treze livros publicados, entre ensaios, romances e contos. É autor do romance Ana em Veneza e do ensaio Devassos no Paraíso, entre outros. Realizou também trabalhos como roteirista e diretor de cinema, dramaturgo, tradutor e jornalista. Dirigiu o longa-metragem cult Orgia ou O homem que deu cria (1970), proibido pela ditadura durante mais de dez anos, e o curta Contestação (1969), realizado clandestinamente. Desde 1987, coordena oficinas de criação literária, pelas quais já passou mais de uma geração de novos escritores. Recebeu três vezes o prêmio Jabuti e o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o último deles pelo seu mais recente romance, Rei do cheiro (Record, 2009). Sua obra já foi traduzida para o inglês, alemão, espanhol, italiano, polonês e húngaro. Ativista na área de direitos humanos, fundou em 1978 o Somos, primeiro Grupo de Liberação Homossexual do Brasil, e ainda na década de 1970 foi um dos editores fundadores do mensário Lampião da Esquina, o primeiro jornal voltado para a comunidade homossexual brasileira. Viveu em Berkeley, na Cidade do México e em Munique. Atualmente reside na cidade de São Paulo.


Regina



ALVES JUNIOR, Valter Vieira

Estudo do tamanho de glândula ácida em operárias de Apis mellifera
(L.) descendentes de rainhas cruzadas com um zangão.

Dissertação de Mestrado, 98 páginas
IBRC-UNESP, 1987
Orientador: José Chaud Netto


Foi estabelecido um programa de seleção para obter abelhas com a glândula ácida reduzida, na expectativa de que as glândulas menores produzissem menos veneno.
A pesquisa foi desenvolvida até a geração F8, tendo sido obtido um ganho de seleção de aproximadamente 54% ao final do trabalho.
Ao compararmos a quantidade de veneno produzida pelas glândulas de operárias selecionadas, com a armazenada em operárias que não participaram do programa de seleção, verificamos que as primeiras produziram significativamente menos veneno, Também foi detectada uma relação direta entre o comprimento da glândula ácida e a quantidade de veneno produzido. Estudos de viabilidade média dos descendentes das rainhas matrizes, entre as fases de ovo e pupa, revelaram que não ocorreu redução da viabilidade apesar de termos realizado vários cruzamentos do tipo irmão x irmã em algumas gerações. Contudo, em alguns cruzamentos que não foram utilizados durante o desenvolvimento da pesquisa, notou-se uma acentuada mortalidade nos favos com crias operculadas, que apresentavam um grande número de falhas. Foi observada uma frequência media de glândulas não bifurcadas mais baixa em relação às glândulas bifurcadas.
De acordo com 0s resultados obtidos no programa de seleção, julgamos oportuna a manutenção dessa linhagem que poderá ser muito útil, no sentido de propiciar produção de rainhas portadoras dos genes que condicionam glândulas pequenas e consequentemente menores quantidade de veneno nas operárias. Acreditamos que disseminação gradativa destas características em grandes apiários diminuiria em muito os riscos de acidentes por choque anafilático, tanto em pessoas como em animais..




CARDOSO, Joaquim Carlos Sanches

Ação da radiação gama no veneno de abelha Apis mellifera
(Hymencptera, Apoldee).


Dissertação de Mestrado, 69 páginas
FFCLRP-USP, 1991
Orientador: José Enrique Rodas Duran
Objetivando-se a verificação da importância da fração volátil e não volálil do veneno da abelha Apis melífera em sua atividade radioprotetora, foram realizados experimentos “in vitro” para se estudar os efeitos observados na estrutura do composto, devido à radiação gama de uma fonte de Co-60. As amostras foram analisadas por difratometria, espectrometria e cromatografia gasosa. O veneno extraído foi separado em duas frações, uma exposta à radiação e outra utilizada como padrão.
Na análise realizada no difratômetro de raios-X, o veneno foi depositado em lâmina de vidro que foram colocadas em dessecadores por aproximadamente 06 horas. Após a secagem das amostras, estas foram acondicionadas em porta-amostras que permitiram a analise.
Os espectros de emissão foram obtidos analisando-se amostras de veneno dissolvido em água destilada, dispostas em cavidades existentes nos eletrodos do microespectrômetro. Para a analise por cromatografia gasosa, o veneno foi dissolvido em solução de sulfato de sódio e dicloro metano.
O espectro de difração foi obtido para a amostra apresentou características de espectros obtidos para compostos amorfos, não sendo possível a verificação de alterações na amostra irradiada.
Na análise por espectrometria de emissão, os resultados apresentaram indícios da ionização sofrida pela amostra irradiada, embora não tenham sido verificadas alterações nos componentes do veneno.

Hoffmann, Magali

Estrutura e importância de uma comunidade de abelhas
(Hymenoptera: Apoidea) no Rio Grande do Sul,
para a polinização de plantas cultivadas
Tese de Doutorado, 177 páginas
UFPR
1990
Orientadores: Jesus Santiago Moure
Dieter Wittmann
Este trabalho apresenta um estudo da comunidade de abelhas nativas, em terra agrícola, com amostragens periódicas de agosto de 1984 a dezembro de 1986 na Estação Experimental Fitotécnica de Águas Belas, Viamão, RS.
Enfatizando-se a abundância das espécies e indivíduos de abelhas, as espécies vegetais visitadas por elas, as espécies predominantes e fenologia.
A amostra esteve constituída de 1601 espécimes de abelhas, pertencentes a 140 espécies.
A família predominante, em número de espécies foi Anthophoridae (31 %), seguida de Halictidae
(29%), Megachilidae (19'%); Andrenidae (13%), Apidae e Colletidae (4%). A espécie dominante
foi
Mourella caerulea (Friese, 1900) com 241 espécimes.
As famílias de Apoidea não coletadas durante o inverno foram Megachilidae e Colletidae.
Encontraram-se abelhas em 109 espécies de plantas. Compositae com 31 espécies foi a família mais visitada por abelhas. A espécie Sida rhombifolia L (Malvaceae), permaneceu florida, em média, 6 meses/ano e recebeu 34 espécies de abelhas
Foram efetuados experimentos sobre o aumento de produtividade através da polinização nas culturas de girassol (Helianthus annuus L), feijão (Phaseolus vulgaris L) e colza (Brassica napus L), utilizando-se parcelas abertas e cobertas.
Das 140 espécies de abelhas ocorrentes na Estação Experimental, 23 espécies foram observadas em girassol, 13 espécies em feijão e 16 espécies em colza. O aumento de produtividade alcançada no experimento com parcelas abertas, foi de 52% no girassol, de16% no feijão e de 82% na colza.
A área agrícola da Estação Experimental de Viarnão caracterizou-se por apresen1ar um elevado número de espécies do gênero Megachile, consideradas de grande importância para a polinização de diversas plantas de interesse econômico. 




Livro em Homenagem aos 70 Anos do Professor Warwick Estevam Kerr. 
Pesquisas com abelhas no Brasil – Editores: Ademilson Espencer Soares e David De Jong Departamento de Genética - Revista Brasileira de Genética, 1992 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP 14.049-900 – Ribeirão Preto. São Paulo, Brasil

maio 26, 2019

Paredão
















& os bêbados & os loucos & os poetas egocêntricos
poderão afinal discutir tendências da angústia & sexos
sem que vejam nas sombras
as sombras dos ratos

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maio 24, 2019

Este sim

A Maior
Unidade Brasileira
de Tratamento
de Esgotos.

Lachesis


Existe em Lachesis uma combinação perfeita entre estado físico e mental. Vamos tentar clarear um pouco.

Lachesis (L. Mutus. Lachesis Trigonocephalus. Serpente Surukuku da América do Sul)

Lachesis é um medicamento muito útil para as mulheres, especialmente aqueles que sofrem de afrontamentos durante a menopausa e quando a condição está associada a palpitações e desmaios. É eficaz no alívio de períodos menstruais dolorosos acompanhados por mudanças de humor e também desmaios e palpitações. Com efeito, na homeopatia, lachesis é um medicamento TIDO como essencial e que é receitado para mulheres que estão em fase de menopausa e experimentam ondas de calor. Além disso, também é útil no tratamento de problemas relacionados com a síndrome pré-menstrual (PMS) , bem como convulsivo, sensibilidade congestiva menstrual, pessoas que ficam melhor com o fluxo de sangue reforçado na menstruação. Pele azulada. Alternância de excitação e depressão. Afecções da idade crítica das mulheres. Grande sensibilidade ao toque. Pessoas tristes e indolentes. Mulheres irritáveis e vermelhas.

Sensível ao toque ou à pressão das roupas. Mulheres que não podem com nada que lhes pressione a garganta, nem mesmo um lenço ou colar. Sensível às vestimentas. Essa referencia é séria e eficaz, em todos os casos em que se aplica Lachesis. O alerta aqui fica por conta de não ser um sintoma único, ou seja, precisa de mais referencias para se ter uma personalidade Lachesis.

O SEXO

Desejo sexual aumentado. Tem apetite sexual intenso. Promiscuidade, não consegue se prender por muito tempo a um parceiro só. Inicia masturbação quando muito jovem. (Grat, Orig, Plat, Staph). Quando falamos em promiscuidade, não falamos em muitos parceiros de uma vez, falamos de uma troca que não se acaba. O interesse é grande e a novidade é intensa, entretanto Lachesis faz amor, realmente é sério.

SONHOS E SONO

Ela ou ele sonham com pessoas mortas e com cobra. É impossível se deitar do lado esquerdo pra dormir (Phos) e geralmente o sono é perturbado com sensação de estar sempre sufocada.

A PELE

A pele de lachesis merece uma atenção especial - Coloração azulada, arroxeada. Cianose. Equimose. Púrpura. Hipersensível ao toque e a pressão (uma boa referencia para se chegar a essa personalidade). Herpes zoster. Gangrena. Veias varicosas.
Mulheres de comportamento loquaz, que trocam de assunto muito rapidamente, são geralmente ciumentas e desconfiadas, mas se acham. Aqui o amor próprio em excesso é um problema.
Sofrem de dores de cabeça pulsáteis, daquelas que martelam. As ondas de calor sobem para a cabeça, avermelhando o rosto, acompanhadas de forte sudorese e sensação de sufocação que as obriga a afrouxar a roupa em torno do pescoço.

UM VÍCIO

Costuma ser utilizado com frequência em idosos bebedores, alcoólicos e velhos sifilíticos. Entre eles se encontrará o mesmo tipo: coléricos, nervosos e de rosto inchado, dando a impressão de grotesco e vulgar. Pálpebras de um branco sujo ou meio amarelado, nariz vermelho violeta, lábios violáceos. A bebida é uma fulga vastamente usada por personalidades Lachesis.

UM ALERTA

Em Lachesis existe um alerta as condições circulatórias e neurológicas. Um outro alerta especial vai para as cardiopatias – especialmente dores no peito.

Medicação complementar: Aes, Ars., Calc, Carb-v, Crot-c, Crot-h, Hep, Iod, Kali-i, Lyc, Nit-ac, Puls, Phos.
Diferencial: Apis, Cact, Cimic, Crot-h, Dig, Hyos, Kalm, Lac-c, Naja, Med, Par, Plat, Phos, Sulph, Zinc.

Antes de tudo, não se esqueça, essa personalidade se defende, vive livre e é extremamente desconfiada. Como na vida, nem pense em segurar uma Lachesis, ela se retrai e adoece.

Homeopatas dos Pés Descalços

A árvore que aperta

O barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Leguminosae) é uma planta do cerrado brasileiro rica em taninos, muito usada por indígenas para o preparo de tinturas para pele. Além de suas propriedades medicinais, entre elas antifúngica, anti-inflamatória, antibacteriana, cicatrizante etc., a planta também é empregada na construção civil; na produção de sabão, substituindo a soda cáustica; e também no curtume de couro, utilizando-se os taninos da casca. A árvore era muito procurada por prostitutas, já que serve para o tratamento de corrimentos vaginais e outros problemas dessa ordem. O nome da planta teve origem numa expressão indígena que significa “a árvore que aperta”, em virtude de suas propriedades adstringentes.

Barbatimão
Nomes populares: barba-de-timan; casca-da-mocidade; casca-da-virgindade; iba-timão; ibatimô; chorãozinho-roxo, entre outros).

Também é usada na fabricação de sabonetes medicinais, muito utilizados em tratamentos para a psoríase e outras doenças de pele.

Indicações:


Há evidências científicas que apontam que extratos das cascas de barbatimão apresentam as seguintes indicações:
Antidiabético (hipoglicemiante);
Anti-hemorrágico;
Antibacteriano;
Antidiarreico;
Antisséptico;
Depurativo;
Coagulante sanguíneo;

Infusões e chá da casca:
(uso interno)
Inflamação de garganta; gastrite e úlcera;

Compressas, gargarejo e banhos de infusão:
(uso externo)
Tratamento de feridas;
Gonorreia;
Gengivites;
Hemorroidas;
Leucorreia;
Infecções vaginais;
Candidíase.

PREPARANDO:

EXTERNO: as cascas, na forma de pó, são fervidas e o chá pode ser usado para lavagens da área afetada, na forma de banhos de assento, ou pode-se embeber gaze ou algodão e aplicar sobre a ferida.

Decocção de 1 colher de sopa em um litro de água para gargarejos, lavagens vaginais e uterinas, impinges etc.

INTERNO: as cascas são utilizadas em infusão para tratamentos de problemas estomacais e diarreias, por exemplo.

DECOCÇÃO: ferva 20 g (2 colheres de sopa) da casca em um litro de água por alguns minutos, depois deixe amornar e utilize. Não há uma dose específica, mas recomenda-se o consumo de uma xícara ao dia até que o problema seja curado.

Contraindicações do uso de barbatimão
As sementes e vagens não devem ser usadas por gestantes, tendo em vista que estudos científicos realizados em camundongos verificaram que o extrato dessas partes da planta pode ser abortivo e/ou prejudicar a gestação.
Chás da casca, mesmo sem contraindicações, não devem ser ingeridos por gestantes e lactantes sem a supervisão do seu médico.
Há um ditado popular que diz que “tudo que é natural não faz mal”. Essa afirmação não é 100% verdadeira. Embora chás, tinturas e outras formas de uso do barbatimão sejam consideradas naturais (isto é, derivados da planta), há uma série de substâncias químicas extraídas da planta que podem exercer efeitos nocivos a longo prazo. Portanto, não é recomendado o uso contínuo e prolongado desses chás e extratos, tendo em vista que podem surgir efeitos colaterais indesejados. Caso isso ocorra, interrompa imediatamente o consumo e procure um médico.


Artigo revisado por Leopoldo C. Baratto – Farmacêutico, Médico e Doutor em Ciências Farmacêuticas (UFRP) – Atua na área de pesquisa de plantas medicinais com ênfase no estudo de substâncias extraídas de plantas para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Similis simili gaudet

O símbolo da medicina é representado pelo bastão de Esculápio ou Asclépio, que é considerado o deus da medicina e da cura na mitologia grega e está representado com uma única serpente enrolada em um bastão de madeira por duas voltas e meia.

A mitologia ligada ao bastão de Esculápio é bastante extensa. Uma das histórias tem origem no fato de que, na Grécia antiga, as serpentes eram consideradas benéficas para os pacientes e, por isso, tinham livre circulação pelos templos de Esculápio. Quando Roma foi atacada por uma peste, por volta de 293 a.C., os romanos foram buscar uma dessas cobras.

Uma vez que a epidemia regrediu, a população atribuiu ao animal o poder desse deus. Por isso, a serpente também é vista como uma representação do bem e do mal, do elo entre o mundo conhecido, ou seja, a superfície da Terra, e o desconhecido.

Outra lenda, relatada por Hesíodo, conta que Asclépio era filho de Apolo e Côronis. Diana, irmã e uma das mulheres de Apolo, em meio a uma crise de ciúmes, matou Côronis, então grávida de Apolo.

Já na pira funerária, Apolo arrancou do ventre de Diana o filho Esculápio e entregou a criança ao centauro Quíron, para que esse lhe ensinasse a arte de curar. Inteligente e habilidoso, o menino aprendeu rápido, e em pouco tempo superou o mestre.

Em uma de suas visitas a pacientes no templo, uma serpente enrolou-se rapidamente no seu cajado e, mesmo com todos os seus esforços para retirá-la, ela voltava ao mesmo local. Assim, Esculápio tornou-se deus da medicina e seu cajado com a serpente, um símbolo da atividade médica.

Dedicado, tornou-se tão bom no ofício de curar que ressuscitava até mesmo os mortos. Plutão, com medo de que o dom de Esculápio pudesse diminuir o número de almas que chegavam ao seu reino, foi queixar-se a Júpiter, que como forma de castigar Esculápio, eliminou-o com um raio.

Uma outra versão dá conta de que Esculápio foi morto pelas flechas do próprio pai, Apolo, razão pela qual elas são símbolo de morte súbita na medicina grega.

Além disso, devido a sua capacidade de trocar de pele, a cobra presente no símbolo da medicina representa a ideia de renascimento e cicatrização.

Por sua vez, o bastão traz consigo a ideia de autoridade e representa o poder divino a quem, apesar dos esforços e das habilidades dos profissionais da área médica, cabe a decisão final sobre a vida ou morte dos pacientes.

O desenvolvimento da simbologia relacionada ao bastão de Asclépio tem diversas origens, e certamente todas elas contribuíram de alguma maneira para a composição do significado.

A ofiolatria, ou culto às serpentes, era comum nas civilizações antigas. Em esculturas descobertas nas escavações arqueológicas da civilização greco-romana, Asclépio já pode ser observado segurando um bastão no qual está enrolada uma serpente.

Desde então, o símbolo vem sendo utilizado frequentemente em diversas representações ligadas à área médica. Desde 1919, a Associação Médica Americana utiliza o bastão de Esculápio como símbolo oficial. Fundada em 1948, a Organização Mundial de Saúde também usa o símbolo de Asclépio em sua bandeira.

Criada na capital de Cuba em 1956, a Associação Médica Mundial também adotou um modelo padrão do símbolo de Asclépio para a utilização dos médicos civis.

Além disso, as organizações médicas de caráter profissional e de âmbito nacional do Brasil, Canadá, China, África do Sul, Austrália, Costa Rica, Inglaterra, Itália, Nova Zelândia, França, Alemanha, Dinamarca, Portugal, Suécia e Taiwan também utilizam o bastão de Esculápio como símbolo da medicina.

Como você pode ver, por sua origem remota, é bastante simples de entender porque muitos profissionais da área médica não conhecem o significado do símbolo da medicina. No entanto, é importante estar atento para a utilização do emblema correto, uma vez que o caduceu de Mercúrio representa o comércio, profissão com a qual a atividade médica não deve ser confundida.

PLING – Porto Alegre/RS, no Edifício Offices - Av. Sen. Tarso Dutra 565 - Sala 505 - Bairro Petrópolis.


Pico-de-jaca

Pesquisadores identificam planta que neutraliza os efeitos do veneno da surucucu
Elena Mandarim

Divulgação/UFF

Planta utilizada no estudo, o Barbatimão está presente em áreas de cerrado, do Pará ao Paraná.
Pesquisa realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF) identificou um extrato vegetal capaz de neutralizar completamente o veneno da cobra surucucu, a mais letal encontrada em território brasileiro. A notícia da descoberta, que ganhou amplo destaque na mídia na segunda quinzena de julho, é resultado do projeto coordenado por André Lopes Fuly, Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. O estudo, que incluiu o trabalho de mestrado de Rafael Cisne de Paula, teve como objetivo investigar a ação de 12 plantas nativas sobre diferentes alterações biológicas provocadas pelo envenenamento decorrente do ataque da surucucu. “Os exemplares apresentaram diferentes graus de eficácia, sendo que o extrato de Barbatimão se mostrou 100% eficiente para reverter os efeitos do veneno da surucucu”, diz Fuly.

A planta Stryphnodendron barbatiman é conhecida por barbatimão, barbatiman, casca da virgindade, entre outros. É encontrada em regiões de cerrado, desde o Pará até o Paraná. À árvore, que pode alcançar três metros de altura, já era atribuída, de acordo com a sabedoria popular, benefícios cicatrizantes, anti-hemorrágicos e anticoagulantes, além de ser usada no tratamento da diarreia. Por essas propriedades farmacológicas, ganhou registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como agente fitoterápico e como cicatrizante. Condição que, para o pesquisador, poderá facilitar seu uso como terapia antiofídica.

Segundo Fuly, a serpente Lachesis muta, popularmente conhecida como surucucu, foi escolhida justamente por ser a cobra mais venenosa das Américas. Sua letalidade elevada pode ser atribuída à quantidade de peçonha inoculada e à variação de componentes tóxicos presentes na secreção. No Brasil, ela é encontrada em áreas de floresta, como a região amazônica e a Mata Atlântica. Seu comprimento pode chegar a quatro metros e seus hábitos são, preferencialmente, noturnos.

Fuly, que é professor do Departamento de Biologia Celular e Molecular, do Instituto de Biologia, da UFF, estuda as propriedades do veneno de animais peçonhentos, em busca de novos agentes, de origem natural e sintética, para sua inibição. A parte prática da pesquisa – análise dos efeitos dos extratos de plantas em reverter as alterações biológicas provocadas pelo veneno da surucucu – foi realizada no Laboratório de Venenos e Toxinas de Animais e Avaliação de Inibidores (Lavenotoxi).

O pesquisador explica que, in vivo, utilizando-se camundongos, foi observada atividade hemorrágica após a inoculação do veneno. Já in vitro, foram estudadas mais três reações: hemolítica – destruição de hemácias; proteolítica – alteração da função de proteínas, que pode levar a quadros hemorrágicos, necrose, edema, inchaço, falência renal; e coagulante – coagulação de sangue, que pode levar à obstrução de veias e artérias, causando distúrbios hemostáticos e hemorrágicos. “Das plantas avaliadas, o extrato de barbatimão foi capaz de inibir 100% todas as atividades testadas, seja in vivo ou in vitro”, conta o pesquisador.

De acordo com Fuly, o tratamento poderá ser feito por meio de emplastros, um tipo de curativo que adere à pele e mantém o medicamento em contato com a ferida, ou na forma de chá. Neste caso, testes comprovaram que mesmo após ser submetido a 30 minutos de aquecimento a 80oC, o extrato de barbatimão manteve seu efeito neutralizante contra o veneno da surucucu. “Outro aspecto muito positivo é o fato de não precisar ser armazenado sob refrigeração, já que regiões ribeirinhas ou distantes dos grandes centros, onde os casos de envenenamento por picada de cobra costumam acontecer, muitas vezes carecem de energia elétrica”, diz.

Motivações do estudo

Fuly diz que a motivação para realizar o estudo foi ter percebido que os altos índices de acidentes ofídicos oneram muito os cofres públicos. “Além do elevado custo de produção de soroterapia, sua eficácia contra o veneno da surucucu é menos evidente. E, muitas vezes, algumas das vítimas ficam com sequelas, tornando-se incapacitadas para o sistema produtivo. Trata-se, portanto, de um grave problema de saúde pública", diz. Para o pesquisador, a gravidade da situação está na origem da necessidade de se buscar alternativas viáveis à administração intravenosa do soro antiofídico, que é o tratamento atualmente preconizado pelo Ministério da Saúde.

Divulgação/IVB

Serpente Lachesi muta, a Surucucu: no topo da lista dos ataques mais letais de cobras
O soro antiofídico é feito em três grandes centros do país: no Instituto Vital Brazil, em Niterói (RJ); no Instituto Butantã, em São Paulo; e na Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte. É produzido segundo o método descrito por Vital Brazil, em 1900, que consiste em inocular o veneno no sangue de cavalos para obter a produção de anticorpos. De produção cara, ele precisa ser armazenado em baixas temperaturas, o que dificulta sua distribuição e conservação, já que a maioria dos casos ocorre nos meses quentes e chuvosos, e na zona rural – onde há inúmeros locais sem energia elétrica.

Fuly explica que outra desvantagem é que o tratamento com soro reverte somente os efeitos sistêmicos, que resultam em alterações cardiorrespiratórias, distúrbios de coagulação, hemorragia, hipotensão e óbito. E por ser ineficaz contra as lesões locais, como edemas, necrose de tecidos, hemorragia local, reações inflamatórias, podem deixar sequelas, como amputação e atrofia de membros. O pesquisador ressalta que alguns pacientes podem apresentar reações alérgicas ao soro e, em alguns casos, evoluir a choque anafilático e, consequentemente, ao óbito.

Diversidade cultural e biológica

A proposta do estudo surgiu da observação de práticas da medicina popular, na qual nativos, caboclos e índios relatam o uso de plantas como primeira opção de tratamento para diversas enfermidades, inclusive para acidentes ofídicos. “Foi a partir dessa observação que resolvemos avaliar as propriedades antiofídicas de 12 plantas brasileiras”, conta o pesquisador.

Fuly defende que as propriedades farmacológicas e biológicas de espécies da biodiversidade brasileira, já extensamente utilizadas por nativos e índios, devem ser validadas cientificamente para ampliar as possibilidades de tratamento e de terapia. “Temos cerca de 20% da flora mundial, mas somente 71 plantas têm registro na Anvisa como fitoterápicos, o que é um número inexpressivo”, diz. “Fica fácil deduzir, portanto, que várias propriedades terapêuticas estão sendo desperdiçadas, ou, pior, estão sendo pirateadas por outros países”.

De 2001 a 2009, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificações do Ministério da Saúde (Sinan/MS), foram registrados 202.016 ataques de cobras no Brasil, dos quais 638 foram fatais e 2.992 deixaram sequelas. “Com uma média de 22.446 acidentes ofídicos por ano, o nosso estudo se mostra relevante”, diz Fuly. “E nossos resultados ainda servem para reafirmar a importância de se explorar nossa biodiversidade”, conclui.

O trabalho, além de contar com o suporte financeiro da FAPERJ, tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação da UFF, e da International Foundation for Science (IFS), da Suécia.ceum