maio 24, 2019

A árvore que aperta

O barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, Leguminosae) é uma planta do cerrado brasileiro rica em taninos, muito usada por indígenas para o preparo de tinturas para pele. Além de suas propriedades medicinais, entre elas antifúngica, anti-inflamatória, antibacteriana, cicatrizante etc., a planta também é empregada na construção civil; na produção de sabão, substituindo a soda cáustica; e também no curtume de couro, utilizando-se os taninos da casca. A árvore era muito procurada por prostitutas, já que serve para o tratamento de corrimentos vaginais e outros problemas dessa ordem. O nome da planta teve origem numa expressão indígena que significa “a árvore que aperta”, em virtude de suas propriedades adstringentes.

Barbatimão
Nomes populares: barba-de-timan; casca-da-mocidade; casca-da-virgindade; iba-timão; ibatimô; chorãozinho-roxo, entre outros).

Também é usada na fabricação de sabonetes medicinais, muito utilizados em tratamentos para a psoríase e outras doenças de pele.

Indicações:


Há evidências científicas que apontam que extratos das cascas de barbatimão apresentam as seguintes indicações:
Antidiabético (hipoglicemiante);
Anti-hemorrágico;
Antibacteriano;
Antidiarreico;
Antisséptico;
Depurativo;
Coagulante sanguíneo;

Infusões e chá da casca:
(uso interno)
Inflamação de garganta; gastrite e úlcera;

Compressas, gargarejo e banhos de infusão:
(uso externo)
Tratamento de feridas;
Gonorreia;
Gengivites;
Hemorroidas;
Leucorreia;
Infecções vaginais;
Candidíase.

PREPARANDO:

EXTERNO: as cascas, na forma de pó, são fervidas e o chá pode ser usado para lavagens da área afetada, na forma de banhos de assento, ou pode-se embeber gaze ou algodão e aplicar sobre a ferida.

Decocção de 1 colher de sopa em um litro de água para gargarejos, lavagens vaginais e uterinas, impinges etc.

INTERNO: as cascas são utilizadas em infusão para tratamentos de problemas estomacais e diarreias, por exemplo.

DECOCÇÃO: ferva 20 g (2 colheres de sopa) da casca em um litro de água por alguns minutos, depois deixe amornar e utilize. Não há uma dose específica, mas recomenda-se o consumo de uma xícara ao dia até que o problema seja curado.

Contraindicações do uso de barbatimão
As sementes e vagens não devem ser usadas por gestantes, tendo em vista que estudos científicos realizados em camundongos verificaram que o extrato dessas partes da planta pode ser abortivo e/ou prejudicar a gestação.
Chás da casca, mesmo sem contraindicações, não devem ser ingeridos por gestantes e lactantes sem a supervisão do seu médico.
Há um ditado popular que diz que “tudo que é natural não faz mal”. Essa afirmação não é 100% verdadeira. Embora chás, tinturas e outras formas de uso do barbatimão sejam consideradas naturais (isto é, derivados da planta), há uma série de substâncias químicas extraídas da planta que podem exercer efeitos nocivos a longo prazo. Portanto, não é recomendado o uso contínuo e prolongado desses chás e extratos, tendo em vista que podem surgir efeitos colaterais indesejados. Caso isso ocorra, interrompa imediatamente o consumo e procure um médico.


Artigo revisado por Leopoldo C. Baratto – Farmacêutico, Médico e Doutor em Ciências Farmacêuticas (UFRP) – Atua na área de pesquisa de plantas medicinais com ênfase no estudo de substâncias extraídas de plantas para o desenvolvimento de novos medicamentos.

Similis simili gaudet

O símbolo da medicina é representado pelo bastão de Esculápio ou Asclépio, que é considerado o deus da medicina e da cura na mitologia grega e está representado com uma única serpente enrolada em um bastão de madeira por duas voltas e meia.

A mitologia ligada ao bastão de Esculápio é bastante extensa. Uma das histórias tem origem no fato de que, na Grécia antiga, as serpentes eram consideradas benéficas para os pacientes e, por isso, tinham livre circulação pelos templos de Esculápio. Quando Roma foi atacada por uma peste, por volta de 293 a.C., os romanos foram buscar uma dessas cobras.

Uma vez que a epidemia regrediu, a população atribuiu ao animal o poder desse deus. Por isso, a serpente também é vista como uma representação do bem e do mal, do elo entre o mundo conhecido, ou seja, a superfície da Terra, e o desconhecido.

Outra lenda, relatada por Hesíodo, conta que Asclépio era filho de Apolo e Côronis. Diana, irmã e uma das mulheres de Apolo, em meio a uma crise de ciúmes, matou Côronis, então grávida de Apolo.

Já na pira funerária, Apolo arrancou do ventre de Diana o filho Esculápio e entregou a criança ao centauro Quíron, para que esse lhe ensinasse a arte de curar. Inteligente e habilidoso, o menino aprendeu rápido, e em pouco tempo superou o mestre.

Em uma de suas visitas a pacientes no templo, uma serpente enrolou-se rapidamente no seu cajado e, mesmo com todos os seus esforços para retirá-la, ela voltava ao mesmo local. Assim, Esculápio tornou-se deus da medicina e seu cajado com a serpente, um símbolo da atividade médica.

Dedicado, tornou-se tão bom no ofício de curar que ressuscitava até mesmo os mortos. Plutão, com medo de que o dom de Esculápio pudesse diminuir o número de almas que chegavam ao seu reino, foi queixar-se a Júpiter, que como forma de castigar Esculápio, eliminou-o com um raio.

Uma outra versão dá conta de que Esculápio foi morto pelas flechas do próprio pai, Apolo, razão pela qual elas são símbolo de morte súbita na medicina grega.

Além disso, devido a sua capacidade de trocar de pele, a cobra presente no símbolo da medicina representa a ideia de renascimento e cicatrização.

Por sua vez, o bastão traz consigo a ideia de autoridade e representa o poder divino a quem, apesar dos esforços e das habilidades dos profissionais da área médica, cabe a decisão final sobre a vida ou morte dos pacientes.

O desenvolvimento da simbologia relacionada ao bastão de Asclépio tem diversas origens, e certamente todas elas contribuíram de alguma maneira para a composição do significado.

A ofiolatria, ou culto às serpentes, era comum nas civilizações antigas. Em esculturas descobertas nas escavações arqueológicas da civilização greco-romana, Asclépio já pode ser observado segurando um bastão no qual está enrolada uma serpente.

Desde então, o símbolo vem sendo utilizado frequentemente em diversas representações ligadas à área médica. Desde 1919, a Associação Médica Americana utiliza o bastão de Esculápio como símbolo oficial. Fundada em 1948, a Organização Mundial de Saúde também usa o símbolo de Asclépio em sua bandeira.

Criada na capital de Cuba em 1956, a Associação Médica Mundial também adotou um modelo padrão do símbolo de Asclépio para a utilização dos médicos civis.

Além disso, as organizações médicas de caráter profissional e de âmbito nacional do Brasil, Canadá, China, África do Sul, Austrália, Costa Rica, Inglaterra, Itália, Nova Zelândia, França, Alemanha, Dinamarca, Portugal, Suécia e Taiwan também utilizam o bastão de Esculápio como símbolo da medicina.

Como você pode ver, por sua origem remota, é bastante simples de entender porque muitos profissionais da área médica não conhecem o significado do símbolo da medicina. No entanto, é importante estar atento para a utilização do emblema correto, uma vez que o caduceu de Mercúrio representa o comércio, profissão com a qual a atividade médica não deve ser confundida.

PLING – Porto Alegre/RS, no Edifício Offices - Av. Sen. Tarso Dutra 565 - Sala 505 - Bairro Petrópolis.


Pico-de-jaca

Pesquisadores identificam planta que neutraliza os efeitos do veneno da surucucu
Elena Mandarim

Divulgação/UFF

Planta utilizada no estudo, o Barbatimão está presente em áreas de cerrado, do Pará ao Paraná.
Pesquisa realizada na Universidade Federal Fluminense (UFF) identificou um extrato vegetal capaz de neutralizar completamente o veneno da cobra surucucu, a mais letal encontrada em território brasileiro. A notícia da descoberta, que ganhou amplo destaque na mídia na segunda quinzena de julho, é resultado do projeto coordenado por André Lopes Fuly, Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. O estudo, que incluiu o trabalho de mestrado de Rafael Cisne de Paula, teve como objetivo investigar a ação de 12 plantas nativas sobre diferentes alterações biológicas provocadas pelo envenenamento decorrente do ataque da surucucu. “Os exemplares apresentaram diferentes graus de eficácia, sendo que o extrato de Barbatimão se mostrou 100% eficiente para reverter os efeitos do veneno da surucucu”, diz Fuly.

A planta Stryphnodendron barbatiman é conhecida por barbatimão, barbatiman, casca da virgindade, entre outros. É encontrada em regiões de cerrado, desde o Pará até o Paraná. À árvore, que pode alcançar três metros de altura, já era atribuída, de acordo com a sabedoria popular, benefícios cicatrizantes, anti-hemorrágicos e anticoagulantes, além de ser usada no tratamento da diarreia. Por essas propriedades farmacológicas, ganhou registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como agente fitoterápico e como cicatrizante. Condição que, para o pesquisador, poderá facilitar seu uso como terapia antiofídica.

Segundo Fuly, a serpente Lachesis muta, popularmente conhecida como surucucu, foi escolhida justamente por ser a cobra mais venenosa das Américas. Sua letalidade elevada pode ser atribuída à quantidade de peçonha inoculada e à variação de componentes tóxicos presentes na secreção. No Brasil, ela é encontrada em áreas de floresta, como a região amazônica e a Mata Atlântica. Seu comprimento pode chegar a quatro metros e seus hábitos são, preferencialmente, noturnos.

Fuly, que é professor do Departamento de Biologia Celular e Molecular, do Instituto de Biologia, da UFF, estuda as propriedades do veneno de animais peçonhentos, em busca de novos agentes, de origem natural e sintética, para sua inibição. A parte prática da pesquisa – análise dos efeitos dos extratos de plantas em reverter as alterações biológicas provocadas pelo veneno da surucucu – foi realizada no Laboratório de Venenos e Toxinas de Animais e Avaliação de Inibidores (Lavenotoxi).

O pesquisador explica que, in vivo, utilizando-se camundongos, foi observada atividade hemorrágica após a inoculação do veneno. Já in vitro, foram estudadas mais três reações: hemolítica – destruição de hemácias; proteolítica – alteração da função de proteínas, que pode levar a quadros hemorrágicos, necrose, edema, inchaço, falência renal; e coagulante – coagulação de sangue, que pode levar à obstrução de veias e artérias, causando distúrbios hemostáticos e hemorrágicos. “Das plantas avaliadas, o extrato de barbatimão foi capaz de inibir 100% todas as atividades testadas, seja in vivo ou in vitro”, conta o pesquisador.

De acordo com Fuly, o tratamento poderá ser feito por meio de emplastros, um tipo de curativo que adere à pele e mantém o medicamento em contato com a ferida, ou na forma de chá. Neste caso, testes comprovaram que mesmo após ser submetido a 30 minutos de aquecimento a 80oC, o extrato de barbatimão manteve seu efeito neutralizante contra o veneno da surucucu. “Outro aspecto muito positivo é o fato de não precisar ser armazenado sob refrigeração, já que regiões ribeirinhas ou distantes dos grandes centros, onde os casos de envenenamento por picada de cobra costumam acontecer, muitas vezes carecem de energia elétrica”, diz.

Motivações do estudo

Fuly diz que a motivação para realizar o estudo foi ter percebido que os altos índices de acidentes ofídicos oneram muito os cofres públicos. “Além do elevado custo de produção de soroterapia, sua eficácia contra o veneno da surucucu é menos evidente. E, muitas vezes, algumas das vítimas ficam com sequelas, tornando-se incapacitadas para o sistema produtivo. Trata-se, portanto, de um grave problema de saúde pública", diz. Para o pesquisador, a gravidade da situação está na origem da necessidade de se buscar alternativas viáveis à administração intravenosa do soro antiofídico, que é o tratamento atualmente preconizado pelo Ministério da Saúde.

Divulgação/IVB

Serpente Lachesi muta, a Surucucu: no topo da lista dos ataques mais letais de cobras
O soro antiofídico é feito em três grandes centros do país: no Instituto Vital Brazil, em Niterói (RJ); no Instituto Butantã, em São Paulo; e na Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte. É produzido segundo o método descrito por Vital Brazil, em 1900, que consiste em inocular o veneno no sangue de cavalos para obter a produção de anticorpos. De produção cara, ele precisa ser armazenado em baixas temperaturas, o que dificulta sua distribuição e conservação, já que a maioria dos casos ocorre nos meses quentes e chuvosos, e na zona rural – onde há inúmeros locais sem energia elétrica.

Fuly explica que outra desvantagem é que o tratamento com soro reverte somente os efeitos sistêmicos, que resultam em alterações cardiorrespiratórias, distúrbios de coagulação, hemorragia, hipotensão e óbito. E por ser ineficaz contra as lesões locais, como edemas, necrose de tecidos, hemorragia local, reações inflamatórias, podem deixar sequelas, como amputação e atrofia de membros. O pesquisador ressalta que alguns pacientes podem apresentar reações alérgicas ao soro e, em alguns casos, evoluir a choque anafilático e, consequentemente, ao óbito.

Diversidade cultural e biológica

A proposta do estudo surgiu da observação de práticas da medicina popular, na qual nativos, caboclos e índios relatam o uso de plantas como primeira opção de tratamento para diversas enfermidades, inclusive para acidentes ofídicos. “Foi a partir dessa observação que resolvemos avaliar as propriedades antiofídicas de 12 plantas brasileiras”, conta o pesquisador.

Fuly defende que as propriedades farmacológicas e biológicas de espécies da biodiversidade brasileira, já extensamente utilizadas por nativos e índios, devem ser validadas cientificamente para ampliar as possibilidades de tratamento e de terapia. “Temos cerca de 20% da flora mundial, mas somente 71 plantas têm registro na Anvisa como fitoterápicos, o que é um número inexpressivo”, diz. “Fica fácil deduzir, portanto, que várias propriedades terapêuticas estão sendo desperdiçadas, ou, pior, estão sendo pirateadas por outros países”.

De 2001 a 2009, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificações do Ministério da Saúde (Sinan/MS), foram registrados 202.016 ataques de cobras no Brasil, dos quais 638 foram fatais e 2.992 deixaram sequelas. “Com uma média de 22.446 acidentes ofídicos por ano, o nosso estudo se mostra relevante”, diz Fuly. “E nossos resultados ainda servem para reafirmar a importância de se explorar nossa biodiversidade”, conclui.

O trabalho, além de contar com o suporte financeiro da FAPERJ, tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação da UFF, e da International Foundation for Science (IFS), da Suécia.ceum


A dona da noite

Depois de criado o mundo não havia noite para o índio Maué dormir.
Uánham, sabendo que a Surucucu era Dona da Noite resolveu ir buscá-la. Levou consigo um arco e flechas para com eles comprar a noite. Porém, a Sucururu recusou, pois não possuía mãos.
Uánham voltou com uma liga para as pernas. Surucucu mandou-lhe amarrá-la no seu rabo, porque não podia levantar-se e, mais uma vez não lhe entregou a noite. Uánham voltou com venenos. Surucucu, então necessitava de venenos, arrumou a primeira noite numa cesta e entregou-a a Uánham. Assim que saiu da casa da Surucucu, os seus companheiros correram ao seu encontro ansiosos pelo resultado do negócio. Uánham fora recomendado pela Surucucu que só abrisse a cesta em casa. No entanto, os seus companheiros tanto insistiram para ele abrir a cesta, que acabaram por conseguir.
Saiu a primeira noite. Os companheiros de Uánham, com medo, começaram a gritar e fugiram às cegas. Uánham gritava: "Tragam a Lua, pois havia ficado só na noite". Então, os parentes da Surucucu: jararaca, lacrau, centopéias, que já haviam dividido o veneno entre si e todas as outras cobras, foram experimentá-lo em Uánham, exceto a Cutimbóia, pois sendo muito brava não ganhou veneno, para que não mordesse todos os Maués. Uánham morreu com a picada da jararaca, mas depois ressuscitou quando um amigo (com quem tinha um acordo) banhou o seu cadáver com folhas mágicas. Levou mais veneno para Surucucu, em troca da Grande Noite, porque a noite havia sido muito curta. Surucucu, para formar a grande noite, misturou jenipapo com todas as imundícies que encontrou. E é por isso que, à noite, esta tribo sente tantas dores no corpo e ficam com a boca amarga e mal cheirosa.
Lendas à parte, a surucucu (Lachesis muta) é a maior serpente venenosa do hemisfério ocidental e uma das maiores do mundo, podendo atingir até 4,5m de comprimento e suas presas medem 3,5cm. Pode ser encontrada em toda a América do Sul (incluindo a ilha de Trinidad, na República de Trinidad e Tobago).

No Brasil, habita florestas densas, principalmente na Amazônia, mas há registros de sua presença em áreas isoladas de resquícios de Mata Atlântica dos estados do nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

A vocação para mito está até em seu nome científico, Lachesis muta: Lachesis é uma referência a Láquesis, uma das Moiras, as três irmãs da mitológia gregas que decidiam o destino dos seres humanos e deuses. Muta ("muda" em latim) faz referência à vibração da sua cauda que, similar à da cascavel, se diferencia por não ter ruído. Ainda é conhecida por outros nomes, a depender do local: shushúpe (Peru), pucarara (Bolivia), cuaima (Venezuela), verrugoso (Colômbia) e in makka sneki ou makkaslang (Suriname). Aqui, atende por surucucu pico-de-jaca, surucutinga, surucucutinga, surucucu-de-fogo e cobra-topete.

Sua cabeça é larga, se distinguindo do pescoço estreito. O focinho é arredondado. Seu corpo é marrom e marcado com formas losangos marrom-escuros, revestidos por faixas esverdeadas. Sua cauda não tem guizos, como a cascavel, mas quando esfregada contra a folhagem, um pequeno osso que possui no extremo da cauda produz um som. A surucucu dá sinal de que está incomodada: de comportamento agressivo, não aprecia invasores em seu território.

Um animal de hábitos noturnos, se alimenta de pequenos animais e roedores. L. muta é capaz de identificar os animais que caça pelo calor, seguindo o seu rastro térmico. Este acurado sensor de calor é a membrana que reveste internamente as fossetas loreais (orifícios entre as narinas e os olhos). A espécie se reproduz entre os meses de outubro e março. o período de incubação dos ovos é de 76 a 79 dias (em cativeiro).

A Lachesis muta é comum nas suas áreas de ocorrência. Em contrapartida, a Lachesis muta rhombeata, uma subespécie endêmica da Mata Atlântica, caracterizada pelo corpo amarelo com desenhos negros, está ameaçada de extinção. A queda populacional desta subespécie se deve à redução e fragmentação do seu habitat em razão do desflorestamento. Ela está classificada como Vulnerável na Lista Vermelha da International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN)..

Por Rafael Ferreira
Foto: Stryphnodendron coriaceum


maio 23, 2019

O curador ferido

Em 1977, foi descoberto um pequeno planetoide entre as órbitas de Saturno e Urano. Para a astrologia, a descoberta de um corpo celeste sempre anuncia uma mudança de consciência na sociedade e reflete desenvolvimentos históricos cruciais. Por exemplo: a descoberta de Urano em 1781 está ligada a um período de rebeliões, revoluções e luta pela independência. Netuno foi localizado em 1846, coincidindo com o Romantismo. Plutão é descoberto no início do século e está sincronizado com o aparecimento do fascismo, do totalitarismo e também com o de uma nova ciência, a Psicologia.

É preciso olhar para a mitologia para estabelecer a conexão de Quíron com a evolução do coletivo e compreender seu significado arquetípico. O pai de Quíron foi Saturno. Sua mãe, Filira, era uma das filhas de Oceano. De acordo com a lenda, Réa, a esposa de Saturno, pegou o marido e Filira no flagra. Para escapar, Saturno transformou-se num garanhão e deu no pé. O produto dessa união foi Quíron, o primeiro Centauro, nascido metade homem, metade animal. Perturbada por ter dado à luz ao que ela considerava um monstro, Filira pediu aos deuses que a livrassem de qualquer maneira da responsabilidade de criá-lo. Como resposta, levaram Quíron e transformaram a mãe ingrata num limoeiro.

A primeira mágoa de Quíron é a rejeição da mãe, e onde quer que Quíron se encontre num mapa, esta é a área onde podemos ser mais sensíveis às rejeições. Representa a criança ferida, a “saída do Paraíso”, que todos vivemos quando somos retirados do útero para a dura realidade do mundo.

No corpo físico separado e distinto, perdemos o sentido de unidade com toda a vida. Quíron era parte divino e parte animal, nós também o somos. Seu posicionamento também mostra onde sentimos mais sutilmente o conflito entre os desejos do nosso físico e algo mais transcendente, puro e divino.

Educado por deuses, Quíron cresceu para ser sábio. Seu lado animal deu-lhe sabedoria terrena e proximidade com a natureza. Podemos dizer que era um xamã, um sábio curador, bem versado nas propriedades medicinais de várias ervas. Mas também estudou música, ética, caça e astrologia. Histórias sobre sua grande sabedoria se espalharam, deuses e nobres mortais levaram seus filhos para serem educados por ele. Tornou-se uma espécie de pai adotivo e mestre de Jasão, Hércules e Aquiles, entre outros. As matérias que mais ensinava eram o bem-estar e a cura, pois estava familiarizado em como criar e curar feridas.

Hércules feriu acidentalmente o joelho de Quíron com uma seta envenenada. O veneno era da tenebrosa Hidra e fez uma ferida incurável até mesmo para a medicina de Quíron. Fenômeno curioso: o grande médico sofrendo com uma ferida que não podia ser curada. Este é sua qualidade mais importante: a posição de Quíron no mapa nos mostra onde fomos feridos de algum modo e, através desta experiência obtemos sensibilidade e autoconhecimento para entender e ajudar melhor os outros. Quíron foi associado com o nascimento do interesse popular pela psicoterapia, ao processo de trazer feridas psicológicas à superfície para serem curadas. Na verdade, Quíron aparece num forte posicionamento nos mapas de muitos curadores e terapeutas. Os melhores terapeutas não são aqueles que conhecem bem suas próprias imperfeições?

Quíron preparava as pessoas para serem heróis. Seus pupilos estavam aptos a sobreviver no mundo, mas eram também nobres capazes de feitos e proezas a serviço de seus países ou de um todo maior. A sua localização no mapa não só é capaz de indicar onde podemos ensinar os outros, mas também onde nosso potencial heroico pode manifestar-se. A área onde podemos ir além do normal, sem perder o contato com a “vida real”. Podemos ser intuitivos, inventivos e também ter os pés bem postos no chão. Dale O’Brien diz que trânsitos críticos de Quíron indicam quando e como um indivíduo é desafiado a crescer sobre a adversidade ou mediocridade que cercam a sua vida e a perceber um destino maior envolvendo-o.

Como prêmio por todos os serviços prestados, Quíron recebeu o dom divino da imortalidade. Mas estava numa posição muito estranha, não podia curar sua ferida nem morrer. Qual a solução? Prometeu, que roubou o fogo dos deuses e foi banido para os mundos inferiores, seria libertado se alguém ficasse no seu lugar. Quíron, não querendo mais ser imortal, concordou em trocar de lugar com Prometeu. Eis a fusão de dois tipos de sabedoria: Quíron pegou a sabedoria terrena e a usou para propósitos mais elevados, enquanto Prometeu tirou o fogo dos deuses, símbolo da criatividade, e o trouxe para a Terra. Nosso desafio é integrar a visão espiritual do fogo criativo com a técnica e o senso prático.

A atitude de Quíron com relação à morte e seu entendimento acerca da saúde, da cura e da educação são os sinais dos nossos tempos. Quando a humanidade desperta para sua essência divina, para a busca do autoconhecimento e expansão da consciência a fim de curar suas dores de alma. Assim promovemos a cura individual e planetária.



Marcelo Dalla
Formado em Comunicação pela ECA – USP.
Estuda astrologia há 30 anos e atua profissionalmente como astrólogo no Brasil e em Portugal há 10 anos.
Especializado em Astrologia Cármica, Terapeuta Florais de Bach e Xamanismo. Artista gráfico e criador de mandalas.
Publicou em Portugal os livros MANDALAS MÁGICAS e MANDALAS SIGNOS DO ZODÍACO, ambos pela editora Verso de Kapa.
Mantém uma coluna diária de astrologia no portal ASTROCLICK e coluna semanal no site www.marcelodalla.com


Os tomates enlatados



maio 20, 2019

O último laço


Boas práticas

Por boas práticas, entende-se um conjunto de arranjos de processo de trabalho e de gestão, técnicas e instrumentos que colaboram no aumento da adesão do usuário orientados pelo referencial da Clínica Ampliada e Compartilhada.
As práticas apresentadas a seguir surgiram da reflexão sobre a realidade do atendimento no ambulatório do CRT-DST/AIDS - SP. Sabe-se que a realidade dos serviços são muito distintas e nem sempre é possível "transpor" as recomendações para um novo contexto. Ainda assim, a aposta é que as ideias contidas aqui poderão te inspirar para que você possa adaptar algumas das práticas em seu local de trabalho.
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MONITORAR SISTEMATICAMENTE AS AUSÊNCIAS DOS USUÁRIOS

Como um serviço pode cuidar dos casos de abandono e de faltosos se não sabe quantos são e quem eles são?
Muitas equipes, ao se depararem com esse questionamento, concordam que se trata de uma ação valiosa, mas, ao mesmo tempo, poucas sabem dizer com precisão quais são estes casos e proporcionalmente, quanto representam no serviço. Também há quem pense que levantar esses dados e produzir esse tipo de informação é papel apenas da gestão ou de algum setor de informática. Isso não é verdade. Todos têm alguma participação e podem ajudar.
Quer saber como?


• Elaborando, com a ajuda de toda a equipe, um formulário com dados pessoais e informações-chave dos usuários. Esse instrumento deverá ser preenchido na entrevista inicial do paciente, logo que ele for inscrito. Vale a pena pensar junto com os colegas de equipe o que precisa ser perguntado para que se obtenha dados que sirvam de indicadores para prever quais usuários são mais vulneráveis e quais apresentam major predisposição de problemas para adesão. E, em contrapartida, quais são os traços que ajudam a identificar maiores chances de se vincular ao tratamento. Em outras palavras, é preciso tragar um perfil.


• Como não se sabe isso de antemão, pode ser que a análise dos históricos dos pacientes já cadastrados, somado aos saberes e as experiências acumuladas pelos profissionais, possam ajudar.


• Criando estratégias para que as faltas sejam rapidamente detectadas e relatadas para o restante da equipe: periodicamente, as equipes de referências deveriam se reunir e fazer um levantamento das faltas, seja pelo sistema eletrônico ou pelo bom e velho prontuário. E colocar tudo isso numa planilha para que aqueles usuários que se encaixem nos critérios de faltoso ou de abandono possam ser identificados e que se inicie uma busca ativa deles. Avisos anexados na capa dos prontuários podem ser úteis também.


• Mesmo aqueles usuários que faltam uma única vez, mas que inspiram preocupação da equipe podem e devem ser contatados para nos dizer o motivo da falta e já remarcar uma nova consulta.


• Para os casos menos graves e/ou complexos, as próprias equipes ou os profissionais que identificaram a falta podem entrar em contato, telefonando ou escrevendo diretamente para o usuário. Já para aqueles que a equipe julgar mais complicados, recomenda-se pedir para que algum profissional com maior vinculo com o usuário ou com maiores habilidades para o acolhimento possa se responsabilizar por essa iniciativa de acessar este usuário.


• Se aí no seu serviço, assim como no CRT-DST/AIDS - SP, você se preocupa em arquivar receitas médicas referentes as consultas perdidas pelos pacientes, seja por falta deles mesmos ou dos médicos, saiba que esses registros também podem ser um bom dispositivo para quantificar consultas e receitas perdidas, assim como o tempo de afastamento do serviço/tratamento, bem como o profissional que apresenta maior número de receitas não aproveitadas. Além disso, também pode ser bastante estratégico utilizar esses dados como uma das formas de avaliação dos profissionais envolvidos.
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"Mas eu acho que uma maneira interessante de pensar nisso, é pegar quem realmente não é aderente e traçar o perfil também desse usuário, porque. com certeza, eles devem ter problemas em comum, né? Daí dá pra pensar em estratégias para eles, como grupo… acho fundamental poder estudar o perfil dos pacientes, colocando todas essas pessoas que vem no acolhimento em uma planilha e estudar, sistematizar e fazer o acompanhamento dessas pessoas que estão sendo convidadas a retomar [falando da busca ativa de pacientes faltosos ou em abandono]" [Trabalhadores CRT-DST/AIDS - SP].

"...tem pacientes que marcam consulta 15 vezes seguidas e não comparecem, mas vêm em outras consultas... vêm na consulta do infecto[logista], mas não vai na consulta do gineco[logista], você vê a pessoa aqui no prédio e ela não vai... tem que entender isso aí. Também acho que tinha que ter um controle sobre isso" 
[Trabalhadores CRT-DST/AIDS - SP].


in Manual de boas práticas em adesão e retenção de usuários em serviço ambulatorial para PVHA. Mônica Martins de Oliveira Viana... [et all] ; organização de Mônica Martins de Oliveira Viana. – São Paulo, 2018.

maio 19, 2019

Logaédico com três dâctilos antes da dipódia trocaica

O ESCORPIÃO

Espia bem, amigo:
sob cada pedra
pode esconder-se um escorpião.


Praxila
de Sicião, segundo a Crônica de Eusébio, floresceu no segundo ano da 82ª Olimpíada (451 a. C.). Sabe-se, por Ateneu, que era admirada em razão de suas canções de vinho, e, por Taciano, que Lisipo a representou em bronze. É pouco, sem dúvida, mas são êsses os dados que sobre ela nos chegaram. Hefestião refere-se a um verso denominado "praxíleo", variedade do logaédico com três dâctilos antes da dipódia trocaica.


in Poesia Grega e Latina - Seleção, notas e tradução direta do Grego e do Latim por Péricles Eugênio da Silva Ramos - Editora Cultrix - São Paulo- 1964.



maio 14, 2019

Vivamos, minha Lésbia

















Vamos viver e amar-nos, minha Lésbia,

sem atribuir o mínimo valor
aos murmúrios de anciães os mais severos.
Os sóis podem morrer e retornar;
mas quando morre a nossa breve luz
dormimos uma só e perpétua noite.
Dá-me pois beijos mil, mais cem depois,
logo mil outros, e um segundo cento,
em seguida outros mil, mais cem depois.
Quando o número andar por muitos mil,
melhor é não saber, perder a conta:
assim ninguém nos dará azar, de inveja,
sabendo quantos beijos nos trocamos.


Catulo
(Caius Valerius Catullus) nasceu em Verona, de abastada família, por volta de 84 antes de Cristo. Em casa de seu pai se hospedava César, quando passava por Verona. Mais ou menos em 62 Catulo mudou-se para Roma, ingressando na brilhante e corrompida sociedade da época; mas voltava frequentemente à sua terra, e nada o consolava mais do que um descanso na sua propriedade de Sírmio, no lago de Garda.
Sob o nome de Lésbia, celebrou em seus versos Clódia, irmã de Públio Clódio e esposa de Q. Metelo Céler, cônsul em 60 a.C. Em 57, Catulo seguiu para a Ásia, na comitiva do propretor C. Mêmio; lá escreveu alguns de seus mais célebres poemas. A data de sua morte não é sabida com certeza: Catulo morreu muito moço, aos 30 ou no máximo aos 33 anos de idade.
Todas as suas composições são ágeis, sinceras e formalmente irrepreensíveis; Catulo adaptou o hendecassílabo a uma notável variedade de propósitos, e exerceu grande influência sobre os líricos que o sucederam em Roma, incluindo Horácio; essa influência se estendeu até mesmo às literaturas modernas, inclusive a inglesa, onde um Ben Jonson ou um Byron o traduziram e um Tennyson o saudou como "o Mais terno dos poetas de Roma".


in Poesia Grega e Latina - Seleção, notas e tradução direta do Grego e do Latim por Péricles Eugênio da Silva Ramos - Editora Cultrix - São Paulo- 1964.



maio 11, 2019

Mãe é quem cuida






















Projeto reconstrução de mães: Lizete e Marcos


maio 09, 2019

Garrincha



a)
quando garrincha dribla, fica.
o adversário retém
na memória
a imagem da bola
entre os parênteses
das pernas tortas.

quando garrincha dribla, fica.
o adversário crava
na memória
a imagem da bola
qual uma seta
no retesado arco
das pernas tortas.

quando garrincha dribla, fica
o adversário
pra contar a história
de uma camisa
cujo sete às costas
conduzia a bola
qual uma seta
no retesado arco
das pernas tortas.

b)
se não driblas, o alambrado
é a tela de um viveiro
onde te fazes prisioneiro.

se driblas, és um mágico
a liberar os muitos pássaros
do teu nome
enquanto os cartolas dão tratos à bola
e te fintam fora do gramado.

hoje, onde o pássaro que foste?

no ar entre aéreo e sonado
com que desfilas as tuas pernas

na alegoria de um carro?






.
in Poetas Contemporaneos;; Alves, Henrique L.; Roswitha Kempf - São Paulo - 1985 .
Imagem:  Internet



maio 08, 2019

Acima de tudo, Brasil

Bandiera Rossa

Fa parte della raccolta | Canti dei Lavoratore, FonitCetra, 1982. È il canto dei socialisti rivoluzionari, cantato nelle sommosse del 1919 e 1921 che decisero Mussolini a fondare il partito fascista. Il ritmo è di marcia, esprime una forza e una speranza che non si realizzeranno. Le parole semplicissime danno l'idea dell'Internazionale nom può essere in dialetto.

Avanti popolo! alla riscossa!
Bandiera Rossa, bandiera rossa
Avanti popolo! alla riscossa!
Bandiera Rossa trionferà

Evviva il Socialismo e la libertà!

Interessante il brano di un poemetto di Leonetti (1979) che descrive una festa dell'Unità in cui tutti ballano:

E ora, come già, ma più forte, sfrenato, assurdo
risuona come ballabile l'inno, la marcia
della bandiera rossa, la canzone di guerra
della proletaria esperienza.

Bandiera Rossa, diventata musica de ballo, significa, in fondo, non la dissacrazione, ma, in un altro contesto, l'appropriazione della canzone de parte del popolo.

verouvir



in Cultura e língua italiana nas músicas populares dos séculos XIX e XX; Caprara, Loredana - Humanitas Publicações - FFLCH/USP - São Paulo, 1997
Imagem: Guinigui


maio 06, 2019

O que é a vida

Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Associação dos Artistas Amigos da Praça, Cibélia Cibelli Abujamra (in memoriam), André Abujamra, Alexandre Abujamra, Marisa Baruch Portela Abujamra, Julia Lemmertz, José Muylaert Abujamra, Joaquim Muylaert de Souza, Pedro Farnezi Abujamra, Luiza Helena Pedreira de Cerqueira Portela, Pedro Paulo Zupo, Maria Abujamra (Maro), Antonio Ghigonetto (in memoriam) e todos os membros da família Abujamra convidam para:



















"É com imenso prazer que convidamos para inauguração do Acervo Antônio Abujamra.

Entendo que Antônio Abujamra não precise ser apresentado a vocês.

Milhares de volumes, fotos, quadros, cartazes, peças, programas de teatro, prêmios, filmes etc., sobre os mais variados assuntos, reunidos por toda uma vida dedicada à cultura, à poesia, às artes, à inquietação, à provocação e, principalmente, ao teatro e ao amor, estarão disponíveis a todos os artistas, músicos, estudantes, andarilhos, intelectuais, mendigos, bêbados, poetas, turfistas, empresários, loucos e todas essas pessoas maravilhosas que acompanharam a vida de nosso amado e querido Antônio Abujamra.

O evento será realizado no dia 13 de maio de 2019 (data de nascimento da amada Cibélia Cibelli Abujamra), às 19h, na sede Brás da SP Escola de Teatro (av. Rangel Pestana, 2401, Brás).

A justa homenagem somente poderá se realizar graças ao apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, da SP Escola de Teatro e seus maravilhosos e sensíveis colaboradores Ivam Cabral, Joaquim Gama, Uelinton Alves, Elen Londero e nosso querido amigo da vida inteira, o arquiteto José Carlos Serroni.

Esse ansiado e honroso evento terá como mestre de cerimônias minha amada prima Clarisse Abujamra, com consultoria técnica de Márcia Abujamra; o patrono Carlos Eduardo Moreira Ferreira; e, lógico, um sensacional show com André, Adriana, Clarisse, José e Pedro Abujamra.

Não há como citar os amigos maravilhosos que amamos sem deixar alguém de fora, porque foram inúmeros e tão queridos que não há como citar todos. No entanto, o Hugo Barreto, o Hugo Coelho e o Mario Silvio, que sempre estiveram também ao nosso lado, não podem ser esquecidos como pessoas sem as quais toda essa jornada teria sido muito mais difícil.

A Biografia de Antônio Abujamra já está pronta, escrita pela biógrafa Ida Vicenzia: a obra “Calendário de Pedra”, que também estará disponível brevemente.

Quantos Abujamra, não? Mas é devido ao orgulho que nosso amado pai, tio, irmão, amigo, genro, cunhado, mestre e avô deve estar sentindo por ver o reconhecimento pelo talento e legado, mas principalmente pelo amor, carinho e generosidade que nos acompanharam durante toda a vida e que agora nos fazem tanta falta. Com certeza papai, mamãe, irmãos, vovô e vovó estarão felizes juntos, lá em cima, em nos ver todos reunidos.

Contamos com sua presença! Divulguem para seus amigos e para todos os amigos e companheiros de Antônio Abujamra que você conhecer. Vamos nos encontrar para nos divertir!"

Alexandre Cibelli Abujamra e André Cibelli Abujamra



SP ESCOLA DE TEATRO 
CENTRO DE FORMAÇÃO DAS ARTES DO PALCO
Sede Brás
Av. Rangel Pestana, 2401, Brás. Fone: (11) 3121-3200
Sede Roosevelt
Praça Franklin Roosevelt, 210, Consolação. Fone: 3775-8600

www.spescoladeteatro.org.br

maio 05, 2019

Os meus olhos


 Os meus olhos



Os teus olhos não são teus:
são duas ave Maria do rosário da amargura, que eu rezo todos os dias.
Os teus olhos não são teus, desde o dia que te vi.
Os teus olhos são os meus, que os meus cegaram por ti.


Fados du Portugal



in Pina'; Wenders, Wim - Alemanha, França - 2010 - Longa-metragem, Documentário, Formato de áudio - faixa 01 - Os Meus Olhos - Rocha, Germano.
Imagem:  Internet


maio 03, 2019

Nem três nem cinco

Carla Bley
Pina Bausch
Alondra de la Parra
Barbara Hannigan

Carla Bley; Pina Bausch; Alondra de la Parra; Barbara Hannigan.