maio 03, 2009

Caiçuma


Aldeia Nova Esperança. Povo Yawanawá. Acre.

A fabricação de bebidas fermentadas iniciou-se com a própria humanidade na criação da vida ritualizada. Os ingredientes, o modo de preparar e a maneira de tomar variam entre cada grupo étnico. Entre os índios do sul da América, o uso ritual e social das bebidas fermentadas é ligada ao sagrado, ao divertimento e, em certos casos, à política.

A caiçuma é uma bebida alcoólica dos indígenas consumida em festas. Sua produção, apesar de rudimentar, possui etapas fundamentais distintas: preparação das matérias-primas, mistura, inserção de aditivos e fermentação. 

No seu processo de produção artesanal, as mulheres da comunidade cozinham a macaxeira, depois se reúnem em uma “Tocha” para a mastigagem, colocando a mistura em um recipiente feito de argila. 

O produto obtido do processo de fermentação apresenta sabor levemente adocicado, encorpado, de neutro a levemente alcalino, com cor, tom e aspecto semelhante ao leite.

Com o passar do tempo, a caiçuma sofre algumas modificações até se transformar na caissuma, agora realizada sem o cozimento. Atualmente, vem sendo estudada sua obtenção a partir de frutos da região amazônica.


Fotografia de Antonio Lino

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